CoPilot: Testamos o app de GPS que promete funcionar sem 3G

Versão gratuita do aplicativo requer muito espaço na memória e deixa de lado funcionalidades básicas de sistemas de navegação

Por Guilherme Blanco Muniz


Em época de Copa do Mundo com centenas de milhares de estrangeiros e brasileiros viajando pelo país, ter acesso ao 3G pode ser difícil. Seja pela indisponibilidade do serviço em alguns lugares ou porque você não pagou por um pacote de dados que funcione em qualquer lugar. Se esse for o seu caso, o app CoPilot pretender ser a solução.

App CoPilot (Foto: Reprodução) — Foto: Auto Esporte

Para tentar se destacar entre pesos-pesados como Google Maps ou Waze, esse aplicativo gringo promete traçar rotas sem precisar de dados de internet durante a navegação. Mas, esse é um daqueles casos em que a prática não é tão boa quanto a teoria. Autoesporte testou a versão gratuita do app no sistema operacional iOS e os pontos negativos pesaram mais do que os positivos.

App CoPilot (Foto: Reprodução) — Foto: Auto Esporte

Mas, vamos do começo. Depois de fazer um breve cadastro no app e configurá-lo em português, é preciso baixar para o aparelho o mapa do país em que ele será usado. Afinal, como ele não acessa dados de internet enquanto funciona, é preciso ter as informações na memória interna. E o que seria o maior trunfo do app é um de seus maiores problemas. Só com o mapa do Brasil instalado, o aplicativo se tornou o terceiro mais pesado de todo o celular, perdendo somente para o Whatsapp e Facebook. Ocupando 326 MB na memória do aparelho, ele supera os populares Instagram, Twitter e até o Skype. Ele também perde para o Waze (112 MB) e o Google Maps, que pesa somente 33 MB, cerca de 10% do CoPilot.

Se o espaço que ele ocupa na memória não for um grande problema, é durante a navegação que o CoPilot perde mais pontos. Depois de digitar o endereço desejado, o app calcula rapidamente três rotas e indica tempo e distância dos percursos. Melhor ainda é a possibilidade de editar a rota caso você prefira fazer um caminho específico. Depois de iniciada a navegação, porém, a tela do aplicativo não acompanha a movimentação do carro. Ou seja, o motorista tem que constantemente mover o mapa para conferir as próximas etapas do caminho. Para complicar ainda mais, a versão gratuita do app não conta com o sistema que orienta por voz o que deve ser feito. Além disso, caso a rota não seja seguida, o aplicativo não recalcula o trajeto automaticamente. É necessário clicar em um botão no topo do mapa para que o sistema rapidamente trace um novo trajeto. Em tempos em que a segurança ao volante é tão debatida e as empresas procuram soluções para evitar distrações, os pontos negativos acabam pesando mais do que as vantagens.

Fora da rota, app não recalcula automaticamente — Foto: Auto Esporte

Para viajantes que pretendem conhecer novos lugares a pé, a versão gratuita pode dar conta do recado e até superar os rivais com alguns diferenciais. É possível, por exemplo, acessar o Wikipédia pelo próprio aplicativo para conhecer os lugares próximos. Além disso, ele oferece conexão com redes sociais para que o usuário poste sua localização atual.

É verdade que a versão paga promete as funcionalidades típicas de outros aplicativos de GPS, como as orientações por voz, mapas em 3D e alerta de radares, mas o preço é bastante salgado. São cobrados R$ 78,31 pela versão otimizada para o Brasil na loja de aplicativos Play Store, do Google, e US$ 35,99 (cerca de R$ 79 na cotação atual), na AppStore, da Apple. Nesse caso, vale mais contratar um pacote de dados em sua operadora, baixar um app de navegação mais completo e guardar o troco.

App CoPilot (Foto: Reprodução) — Foto: Auto Esporte
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