Confidencial
Jesuíta Barbosa: “Não acredito na ideia de casa pré-fabricada”
O ator pernambucano está com novos projetos no cinema e na TV
4 min de leituraEle nasceu em Salgueiro e passou a infância em Parnamirim, no sertão de Pernambuco. Ainda pequeno, foi morar com a família em Fortaleza. Sua veia artística é herança materna. Já seu nome e sobrenome vêm do pai e do avô paterno. Cursou Licenciatura em Teatro no Instituto Federal do Ceará e trabalhou com o coletivo As Travestidas, em um espetáculo de cabaré com apresentações de travestis misturado com um show solo do ator e amigo Silvero Pereira.
LEIA TAMBÉM: A casa de Gagliasso e Giovanna Ewbank
Veio para o Rio e estudou com a preparadora de elenco Fátima Toledo. Em 2013, aclamado pela crítica como um dos mais talentosos atores da nova geração, Jesuíta começou a ficar conhecido do grande público quando atuou no filme Tatuagem, de Hilton Lacerda, trabalho que lhe rendeu dois prêmios de melhor ator, um no Festival do Rio (2013) e outro no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (2014). No mesmo ano, estreou Serra Pelada, de Heitor Dhalia, e Cine Holliúdy, de Halder Gomes.
E MAIS: O novo escritório da blogueira Lala Rudge
Em 2014, fez sucesso com os filmes Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, e Trash: a Esperença Vem do Lixo, de Stephen Daldry. Além do cinema, Jesuíta atraiu a atenção dos diretores de TV. No mesmo ano, foi convidado para o elenco de Amores Roubados, O Rebu e, no início de 2016, Ligações Perigosas, da TV Globo. Gravou a série Conto que Vejo para o Canal Brasil, atuou no filme Reza a Lenda e estará nos longas Jonas, O Grande Circo Místico e Malasartes e o Duelo com a Morte. Ainda na TV, mais dois novos projetos: Nada Será como Antes e Justiça, ambos com direção de José Luiz Vilamarim. Fora das gravações, o artista gosta de dançar e meditar.
Você acredita em casa ideal? Como é a sua?
Não acredito na ideia de casa pré-fabricada. Prefiro seguir mais meu instinto de criação para construir uma casa, dar tempo ao tempo, decorar aos poucos. Quis mudar para o Rio de Janeiro e ficar aqui por um período, entender a cidade e as pessoas. Escolhi viver em um bairro central e, por isso, optei por Botafogo. Moro em um apartamento reformado, iluminado e arejado. Não tenho varanda, então, minha alternativa foi ornamentar o espaço com plantas.
E MAIS: Artista pede U$ 100 mil a Kanye West para remover grafite polêmico do rapper
De qual ambiente da sua casa você gosta mais?
Gosto da casa inteira.
O que não pode faltar em um projeto residencial?
Bom gosto e originalidade.
Qual foi seu último achado para sua casa?
Uma máscara do Careta, que é um personagem do folclore pernambucano.
Se você pudesse ser um objeto para a casa, qual seria?
Seria o Careta, só pela brincadeira.
Em que cenário você viveria?
Viveria em um cenário psicotropical.
Ícones da arquitetura.
Oscar Niemeyer e Sergio Rodrigues.
Você gosta de cozinhar? Qual seu prato preferido?
Gosto de massa e cozinho bem um risoto, misturando ingredientes que tenho em casa.
Lugar inesquecível.
Portugal, pelo romantismo que a cidade de Lisboa intensifica com o passar dos dias.
CONFIRA TAMBÉM: Cristiano Mascaro: “Casa ideal é aquela construída aos poucos”
Qual obra de arte gostaria de ganhar ou comprar?
Um quadro de Frida Kahlo, um autorretrato dela.
Acontecimentos mais marcantes na sua vida.
Meu nascimento. Minhas viagens.
O que não pode faltar na sua agenda cultural?
Teatro.
Leituras obrigatórias.
Jean Cocteau e Caio F., pela poesia direta, franca e contundente.
Filmes para assistir inúmeras vezes.
Laranja Mecânica e O Iluminado, de Stanley Kubrick [1971 e 1980], Beleza Americana, de Sam Mendes [1999], Mommy, de Xavier Dolan [2014], e Love, de Gaspar Noé [2015].
Quais músicas não saem da sua playlist?
Músicas de Renata Rosa, Luiz Gonzaga, Academia da Berlinda, Mestre Ambrósio, Nina Simone e Elis Regina. Agora, escuto Dead Can Dance e Alt-J.
Um presente do qual vai se lembrar sempre.
Um terço que minha avó me deu, cor-de-rosa.
Se pudesse voltar à vida como outra pessoa, quem seria?
Não consigo pensar em nada melhor do que em mim mesmo.
Um objeto de desejo.
O fogo.
Fontes de inspiração.
Minha mãe e a mãe dela.
O que é luxo nos dias de hoje?
Uma rede.
Uma imagem gravada na memória.
Minha infância. Ruas de cidade pequena. Corridas e brincadeiras.
Projeto que revolucionou sua carreira.
A peça Cabaré da Dama. [um espetáculo do coletivo cearense As Travestidas]
Você curte redes sociais? O que lhe interessa compartilhar?
Pouco. Prefiro redes reais de contato imediato.
Quais são os projetos mais icônicos da sua carreira?
Gosto da minissérie Amores Roubados, do espetáculo O Pagador de Promessas, do filme Tatuagem...
E para finalizar, o que você anda estudando no momento?
Agora, mergulho em um estudo sobre o canto e as figuras emblemáticas da cena musical do anos 1950. Nessa época, muitos astros, como Chuck Berry e Johnny Cash, marcavam uma revolução musical no rock com a invenção da guitarra elétrica.