30/10/2014 19h34 - Atualizado em 30/10/2014 19h34

Corpos em carro achado no Rio eram de suspeitos de ataque, diz polícia

Pelo menos 2 dos 5 mortos participaram de ataque na Mangueira.
Eles tiveram mandado de prisão expedidos por envolvimento no caso.

Do G1 Rio

Pelo menos dois dos cinco homens encontrados mortos na manhã desta quinta-feira (30), em Benfica, Zona Norte do Rio, participaram do ataque a um grupo que jogava bola no Morro da Mangueira na terça-feira (28), segundo informou a Polícia Civil. Os dois crimes estariam relacionados a uma disputa por pontos de vendas de droga há pelo menos dois meses.

Os cinco corpos foram encontrados dentro de um carro estacionado na Rua General Gustavo Cordeiro de Farias, em Benfica. Ao lado dos corpos havia um recado, escrito em um pedaço de papelão. “Vida paga com vida. Matou inocente morreu”, registrava o bilhete.

Ao lado dos corpos dentro do carro, polícia encontrou um bilhete (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Ao lado dos corpos dentro do carro, polícia encontrou
um bilhete (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Segundo a Polícia Civil, o cartaz já era um forte indício de que as mortes teriam relação com o assassinato de Caio Martins Ferreira, de 17 anos na Mangueira. O rapaz jogava futebol com um grupo de jovens na comunidade  quando foi baleado por homens armados que saíram de dentro da mata. Outras três pessoas foram atingidas e levadas para o Hospital Souza Aguiar, entre elas uma criança de 5 anos. Caio morreu na hora.

Entre os cinco mortos encontrados dentro do carro estão Ederson Figueiredo Ponciano da Cunha, o 'Sobel' e Artur da Silva Reis, o 'Mano'. Segundo os investigadores, ambos tiveram mandado de prisão expedidos pelo plantão judiciário na madrugada desta quinta-feira pelo suposto envolvimento no crime de terça-feira. 

Segundo a Divisão de Homicídios, um terceiro bandido envolvido na morte do adolescente Caio Ferreira já foi identificado, mas está foragido.

Os moradores da mangueira convivem há cerca de dois meses com uma guerra entre quadrilhas pela venda de drogas na comunidade. A disputa começou depois da morte do traficante Francisco Paulo Testas, o Tuchinha, que ficou 21 anos preso e foi solto há três anos.
De acordo com a polícia, Tuchinha foi morto por bandidos rivais, que agora tentam dominar a Mangueira.

Dois dos suspeitos de matarem Tuchinha foram identificados pela Divisão de Homicídios. São Alan Tome da Silva Souto, conhecido como  'Palhacinho' e Erivaldo Pereira Miranda, o  'Lourival'.

A mangueira conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora desde 2011. A polícia diz que desde que o conflito começou, a UPP recebe reforço para enfrentar a criminalidade. Os moradores confirmam que há um grupo de bandidos aterrorizando o morro.

Conforme informou o RJTV, o coronel Frederico Caldas, coordenador de Polícia Pacificadora, foi procurado na quarta e na quinta-feira para se manifestar sobre a atuação da UPP na Mangueira, nessa guerra do tráfico denunciada pelos moradores. A assessoria das UPP informou que o coronel estava com a agenda cheia e que, por isso, não pode atender à imprensa.

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