A tradicional bebida peruana pisco, feita de aguardente de uva, levou cinco amigos peruanos a montarem um bar móvel que saiu há uma semana do Peru em direção ao Brasil. Aproveitando a Copa do Mundo, eles pretendem levar o tão famoso destilado a pelo menos uma cidade brasileira que vai sediar o mundial, em Cuiabá (MT). A aventura será filmada e posteriormente transformada em um filme curta metragem. Neste domingo (15) o carro esteve na Gameleira, em Rio Branco. A próxima parada é Porto Velho (RO). Em seguida, o bar móvel segue para Cuiabá, de onde retorna para Lima.
"O que a tequila é para o México, o pisco é para o Peru. Um destilado 'Premium' de alta qualidade. Puro é bom, mas em coquetel talvez algumas pessoas gostem mais. Nós criamos esse meio de difundi-lo. Na realidade, muito mais do que vender, é registrar tudo em vídeo e fazer um curta", diz o peruano José Guerra, de 34 anos, que é responsável por dirigir a Kombi.
Ele conta que saiu de Lima, na Kombi 1971, escolhida a dedo para a empreitada. O veículo ganhou uma atenção especial para realizar o trajeto. "Agora, com o mundial, nós sabíamos que muitos peruanos viriam vê-lo, além de muitas pessoas em todo o mundo. Decidimos fazer um bar que pudesse viajar, então compramos essa Kombi 71, incrementamos, colocamos um motor novo, arrumamos a suspensão e decidimos vir", conta.
Saindo da capital peruana, a primeira parada foi em Cusco, onde o bar ambulante foi a alegria de uma festa privada. De lá, o carro passou por Porto Maldonado, fazendo sua primeira parada no Brasil na cidade de Brasiléia, que faz fronteira com a Bolívia. "Abrimos o bar em uma praça e preparamos Piscorinha, que é a mistura de Caipirinha com Pisco e outros dois coquetéis peruanos", comenta Guerra.
De Brasiléia, a Kombi partiu para a capital do Acre, Rio Branco, para também participar de uma festa privada. "Temos uns amigos brasileiros que estavam com a gente no Peru. Eles organizaram uma festa e nos convidaram. Tivemos que chegar uns dois dias antes para preparar um pouco as coisas. Então, nossas vendas vão indo muito bem. Temos convites para ir para outras cidades, mas temos que voltar ao Peru, porque precisamos trabalhar", diz.