Reuters

24/07/2014 21h04 - Atualizado em 24/07/2014 21h14

Israel mata 3 palestinos e fere dezenas em protesto na Cisjordânia

Manifestantes saíram de Ramallah para as cercanias de Jerusalém.
Cerca de 20 manifestantes foram presos em outros protestos.

Da Reuters

Polícial de fronteira israelense prende mulher palestina durante protesto no portão de Damasco, nesta quinta-feira (24) (Foto: Mahmoud Illean/AP)Polícial de fronteira israelense prende mulher palestina durante protesto no portão de Damasco, nesta quinta-feira (24) (Foto: Mahmoud Illean/AP)

Soldados israelenses atiraram e mataram três manifestantes palestinos e feriram cerca de 100 nesta quinta-feira (24) em confrontos com milhares de pessoas que realizavam um protesto na Cisjordânia ocupada contra a ofensiva israelense de 17 dias na Faixa de Gaza, disseram autoridades médicas palestinas.

O Exército israelense confirmou que soldados utilizaram "meios de dispersão de motim" contra os manifestantes que atiraram pedras e bombas incendiárias contra eles e bloquearam uma estrada com pneus em chamas.

O protesto começou depois que aliados do movimento Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, marcharam a partir da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para as cercanias de Jerusalém em protesto contra a guerra de Israel contra militantes do Hamas em Gaza, onde o número de mortos palestinos superou 760. No mesmo período, 35 pessoas morreram do lado de Israel, sendo três deles civis.

 

Um médico de um hospital de Ramallah disse que três pessoas morreram de ferimentos a bala, incluindo um homem na casa dos 20 anos que foi ferido na cabeça, enquanto pelo menos outras 100 pessoas foram tratadas por várias lesões após o protesto.

A Rádio Israel informou que o protesto parecia ser o maior desde a revolta palestina de 2000 a 2005.

Tropas israelenses mataram dois outros palestinos nesta semana em confrontos menores na Cisjordânia, território capturado por Israel junto com Gaza na guerra de 1967.

Protestos também foram relatados em Jerusalém, onde a polícia enfrentou manifestantes palestinos dentro e perto da antiga cidade murada, incluindo os arredores de um local sagrado reverenciado por muçulmanos e judeus.

O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que vários policiais ficaram feridos por pedras atiradas contra eles em Jerusalém e que cerca de 20 manifestantes foram presos.

Nesta quinta, disparos contra uma escola da ONU em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza, deixaram 15 mortos. A escola abrigava vários palestinos refugiados, disse o porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra.

A autoria do ataque ainda é incerta. O governo palestino o chamou de "brutal agressão israelense". Israel, no entanto, disse que está analisando o que aconteceu e que um foguete do Hamas pode ter causado as mortes. As Forças de Defesa de Israel disseram que "no decorrer da tarde, diversos foguetes lançados pelo Hamas de dentro da Faixa de Gaza caíram na área de Beit Hanoun", segundo a rede CNN.

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