Milícias rivais travavam violentos combates nesta sexta-feira (25) em torno do Aeroporto Internacional de Trípoli, alvo de bombardeios pelo 13º dia consecutivo, enquanto o governo advertia para o "naufrágio do Estado" líbio.
Colunas de fumaça se erguiam de vários locais no caminho que leva ao aeroporto, ocupados pelas brigadas de Zenten, uma cidade que se encontra 170 km a sudoeste da capital. Fortes explosões eram ouvidas desde a manhã.
O aeroporto internacional de Trípoli está fechado desde 13 de julho, e os combates já deixaram ao menos 47 mortos e 120 feridos, segundo o último boletim do ministério da Saúde.
O governo interino voltou a pedir o fim dos combates e advertiu que sua permanência pode provocar o "naufrágio do Estado".
Os confrontos mais violentos na capital líbia desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011 - explodiram após um ataque dirigido por um grupo armado integrado por combatentes islâmicos e ex-rebeldes da cidade de Misrata (200 km a leste de Trípoli) que tenta expulsar os ex-insurgentes de Zenten, seus antigos companheiros de armas.
Os ex-rebeldes de Zenten controlam o aeroporto de Trípoli, assim como várias instalações militares e civis do sul da capital, desde a queda de Kadhafi.
O Conselho de Segurança da ONU condenou na quarta-feira "a violência inaceitável, que não deve ser utilizada para alcançar objetivos políticos".