26/07/2014 13h08 - Atualizado em 26/07/2014 20h11

Integrantes do MST desocupam área do Instituto Florestal em Itapeva, SP

As 250 famílias se transferiram para uma terreno a 600 metros do local.
Eles pedem a criação do oitavo assentamento na região.

Do G1 Itapetininga e Região

Os integrantes do Movimento Sem Terra (MST) que ocuparam por mais de três meses uma área do Instituto Florestal de Itapeva (SP) deixaram o local invadido na manhã deste sábado (26). A decisão de desocupar o espaço foi tomada durante uma assembleia entre os integrantes do movimento.

Área do Instituto Florestal foi desocupado neste sábado (26) (Foto: Carlos Alberto Soares/ TV TEM)Área do Instituto Florestal foi desocupado neste
sábado (26) (Foto: Carlos Alberto Soares/ TV TEM)

As 250 famílias que ocupavam a área desmontaram as barracas e saíram pacificamente sem a presença da polícia. Eles se transferiram para um terreno localizado a 600 metros do Instituto Florestal, uma área que pertence à empresa América Latina Logística (ALL).

De acordo com o dirigente estadual do MST, Jamil Ramos, o motivo da saída é a proximidade com a data da reintegração do posse do local, que iria ocorrer na próxima terça-feira (29). A reintegração foi determinada em 30 de abril pela Justiça de Itaberá (SP).

A ALL informou, por nota, que se constatada a invasão irá adotar as medidas judiciais cabíveis. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, órgão responsável pelo Instituto Florestal de Itapeva, também foi procurado mas não respondeu aos questionamentos até o momento.

Entenda o caso
A ocupação de uma área do Instituto Florestal começou em 17 de abril. Os integrantes do movimento querem a formação do oitavo assentamento na região e dizem que escolheram o local porque seria um viveiro de mudas abandonado.

Ainda segundo o grupo, as terras estavam sem produção. Eles afirmam que antes haveria uma plantação de uma espécie de pinheiro e os trabalhadores rurais foram para a área quando as plantas já teriam sido removidas.

De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a área de 106 hectares é usada para pesquisas e experimentos com espécies florestais.

Famílias desmontaram barracos e saíram da área pacificamente (Foto: Carlos Alberto Soares/ TV TEM)Famílias desmontaram barracos e saíram da área pacificamente (Foto: Carlos Alberto Soares/ TV TEM)
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