• 15/03/2013
  • por redação; Fotos Tiia Ettala
Atualizado em
  (Foto: Tiia Ettala)

Barcelona é uma cidade alegre e colorida tanto por fora quanto por dentro da infinidade de prédios e casas que abriga. Com essa ideia em mente, os arquitetos Ana e Eugeni, do escritório Bach Arquitectes, apostaram em preencher um apartamento de 130 m², localizado em um edifício centenário no bairro de Ensanche, com muitos itens de design, arte e diferentes estampas nos pisos de praticamente todos os cômodos, feitos com os tradicionais ladrilhos hidráulicos locais. Para tanto, a dupla reformou a morada com a preocupação de manter, além do charmoso piso, as molduras originais que decoram o teto. O resultado é um apartamento com personalidade, além de muita luz natural que adentra os espaços, por meio dos inúmeros janelões, típicos de construções antigas.

Como a vedete do décor é o piso, as paredes foram pintadas com cores claras, em tons de bege, o que levou a uma harmonia entre os revestimentos. Quanto à reforma, os profissionais removeram uma parede que separava dois quartos antigos para integrar e aumentar o living e ganhar ainda uma sala de jantar espaçosa que agora possui quadros assimétricos e coloridos na parede, além das cadeiras brancas dos Eames. A cozinha e o banheiro também sofreram alterações, e um novo banheiro privativo foi criado no dormitório principal, com paredes com tijolos aparentes pintados de branco.

  (Foto: Tiia Ettala)

Outro ponto alto da obra é o longo corredor transformado em biblioteca por meio de prateleiras brancas horizontais que abrigam a coleção de livros dos proprietários. Abaixo delas, um móvel branco com tampo de madeira segue a extensão das prateleiras e serve de banco e também para armazenar outros objetos que, por sua vez, ficam escondidos de quem passa por ali. Para completar, o espaço conta com luminárias cromadas de teto que foram propositalmente penduradas de cabeça para baixo, o que dá um toque surrealista e proporciona uma iluminação mais pontual e sutil.

Na cozinha, repleta de móveis brancos, o teto foi pintado de cinza, quebrando um pouco a neutralidade do ambiente e criando um novo diálogo com o piso vintage. Atrás da sala principal fica o espaço de relaxamento, que lembra uma varanda, embora fechada. Plantas dão graça ao cantinho, que conta com janelão com esquadria de madeira, mesa que pode ser usada para refeições rápidas e uma escrivaninha em que há outra cadeira branca dos Eames.

Além da arte presente na sala de estar, por meio das 14 impressões do artista Gordon Matta-Clark e do retrato de um homem assinado pelo finlandês Kuutti Lavonen, peças icônicas de design também dão o ar da graça, como a poltrona rosa com pufe, dos irmãos Bouroullec. “Nós entendemos o fornecimento de uma casa como um processo de longo prazo. O projeto deve ser aberto o suficiente para aceitar novos elementos, móveis, objetos e livros. Por outro lado, nós geralmente projetamos alguns elementos para permitir que essas coisas fossem colocadas de forma harmônica na casa”, relata Eugeni Bach.

  (Foto: Tiia Ettala)
   (Foto: Tiia Ettala)
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  (Foto: Tiia Ettala)
  (Foto: Tiia Ettala)
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