25/03/2016 19h06 - Atualizado em 25/03/2016 19h06

Crise faz empresas adiarem instalação de fábricas de cimento na Paraíba

Polo Cimenteiro previu instalação de quatro fábricas no estado em 2014.
Dois anos depois, apenas duas foram concluídas.

Do G1 PB

Além da nova fábrica, a Paraíba já conta com outras três unidades e outras duas devem ser instaladas; com a consolidação do Polo Cimenteiro, estado espera produzir 9 milhões e toneladas de cimento (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba)Das seis fábricas que devem fazer parte do Polo Cimenteiro da Paraíba, quatro estão em funcionamento (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba/Arquivo)

Com o objetivo de tornar a Paraíba o segundo maior estado produtor de cimento do país, a formação do Polo Cimenteiro do estado foi anunciada em 2014. Composto de seis fábricas, a meta era quadruplicar a produção de cimento de 2,5 milhões de toneladas para 10 milhões de toneladas por ano. Dois anos depois, duas fábricas ainda não foram construídas, deixando de investir R$ 1,2 bilhão na economia e de gerar mais de 2 mil empregos.

 

À época da formação do polo, duas fábricas já estavam em funcionamento, nas cidades de João Pessoa e Caaporã. Em 2014 a Elizabeth Cimentos instalou uma fábrica na cidade de Alhandra e em 2015 foi inaugurada a fábrica de cimentos do grupo Ricardo Brennand, na cidade de Pitimbu. Juntas, as duas fábricas geraram cerca de 2.650 empregos diretos e indiretos.

Entre as fábricas que ainda não foram instaladas está uma anunciada pelo grupo Votorantim Cimentos para ser construída na cidade de Caaporã. O projeto do grupo tem um investimento previsto de R$ 800 milhões, e com capacidade de produção de dois milhões de toneladas de cimento por ano. A unidade prevê empregar 1.300 pessoas na construção e cerca de 400 durante a operação, com priorização de mão de obra local.

Apesar do protocolo de intenções ter sido firmado em maio de 2014, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a definição do cronograma das obras ainda não foi feito, uma vez que o grupo está aguardando a emissão de uma licença ambiental. Em nota, o órgão também informa que as obras também só serão iniciadas após uma “análise detalhada do crescimento do mercado”. A empresa não informou qual o prazo em que isso vai acontecer.

A outra fábrica cuja obra não foi iniciada, é a da empresa InterCement, que previu um investimento de R$ 400 milhões para a instalação na cidade do Conde. Segundo a empresa, que não quis dar detalhes sobre o empreendimento, o motivo das obras no local não serem iniciadas se deve à crise financeira enfrentada pelo país.

Por meio de uma nota, a InterCement informou que mantém pretensões de continuar investindo na região. “No entanto, dado o momento mais desafiador do país, todo e qualquer projeto de expansão de cimento entrou em avaliação, dentro da estratégia de disciplina de alocação de capital e ajuste à demanda local”.

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