Reuters

19/11/2014 19h03 - Atualizado em 19/11/2014 19h04

Christoph Waltz fala de personagem traidor de 'Quero matar meu chefe 2'

Ganhador do Oscar é empresário egocêntrico que engana trio em comédia.
'Algumas cenas cômicas não me conquistaram de cara', admite o ator.

Da Reuters

Christopher Waltz e Chris Pine em 'Quero matar meu chefe 2' (Foto: Divulgação)Christoph Waltz e Chris Pine em 'Quero matar meu chefe 2' (Foto: Divulgação)

Na pele do coronel Hans Landa em "Bastardos inglórios", de Quentin Tarantino, Christoph Waltz foi a personificação de charme e crueldade, desencadeando horror sem perder a pose e conquistando um Oscar. Em "Quero matar meu chefe 2", que estreia nos cinemas dos EUA em 26 de novembro, Waltz retoma um personagem egocêntrico oculto por fachada civilizada.

O filme que também tem Jennifer Aniston, Jason Bateman, Jason Sudeikis e Kevin Spaceyno elenco estreia no Brasil em 4 de dezembro.

O ator alemão-austríaco Christoph Waltz interpreta o empresário e "self-made man" Bert Hanson, que dá uma chance aos novos negócios de Nick, Kurt e Dale, os três infelizes protagonistas que tentam matar seus superiores terríveis em "Quero Matar Meu Chefe", de 2011.

Mas Bert engana o trio e os força a buscar meios alternativos para recuperar seu dinheiro.

Waltz, de 58 anos, conversou com a agência de notícias Reuters sobre as vantagens de fazer um personagem sério em uma comédia.

O que o atraiu neste filme e na interpretação de um chefe tão manipulador?

No roteiro havia trechos lindamente escondidos que dizem muito sobre o mundo em que vivemos e que dizem muito sobre, na verdade, querermos viver em um mundo diferente, então esse já era um aspecto interessante que me atraiu. Mas há muitas coisas cômicas acontecendo que não me conquistaram logo de cara no roteito, mas saber o que iria virar e conversar com as pessoas que iriam transformá-lo em um filme foi totalmente convincente.

Como você se identificou com as motivações implacáveis de Bert?

Isso é o que eu faço da vida, a imaginação é um artifício maravilhoso, maravilhoso, e normalmente chamamos de realidade o que vai contra nossa imaginação, mas isso não é verdade. A imaginação é uma realidade. Tenho a oportunidade maravilhosa de trabalhar em uma profissão na qual você realmente pode dar vazão às coisas, então a imaginação na verdade é o pré-requisito mais importante.

O que você conseguiu explorar no filme que nunca tinha podido explorar antes?

Nem tanto coisas novas ou um território desconhecido, mas a combinação de ser muito sério, ou mostrar uma abordagem séria da vida e dos negócios, perante três pessoas que não parecem entender nada daquilo e que na verdade se entregam às maiores loucuras em tudo. Essa é, de certa forma, uma combinação que não tinha feito antes. Normalmente, quando você interpreta um personagem tão sério, a reação é no mesmo nível, mas é isso que define a comédia, que a reação seja em outro nível.

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