BBC

19/09/2014 17h52 - Atualizado em 19/09/2014 17h52

Cantor Pharrell Williams critica Irã por punição a jovens em versão de 'Happy'

Homens e mulheres cantam e dançam em vídeo ao som da música; eles foram condenados a até um ano de prisão e 91 chibatadas.

Da BBC

Jovens iranianos cantam e dançam ao som de hit de cantor americano; eles foram condenados a até um ano de prisão e 91 chibatadas (Foto: BBC)Jovens iranianos cantam e dançam ao som de hit de cantor americano; eles foram condenados a até um ano de prisão e 91 chibatadas (Foto: BBC)

O cantor americano Pharrell Williams criticou nesta sexta-feira (19) o governo iraniano pela punição dada a jovens que cantam e dançam em um vídeo ao som da música "Happy".

"É triste demais que esses jovens tenham sido presos por tentar espalhar felicidade", afirmou o intérprete do hit em sua conta no Facebook.

Os jovens – seis ao todo – foram condenados a até um ano de prisão e 91 chibatadas, dizem advogados.

No vídeo, três homens e três mulheres sem véus (portanto contrariando as normas em vigor no país) dançam em ruas e telhados da capital do Irã, Teerã.

Publicada no YouTube há seis meses, a gravação foi vista por mais de 1 milhão de pessoas.

"Audição"
A maioria das pessoas envolvidas no vídeo foi condenada a seis meses de prisão, com cada membro do grupo tendo sido punido com um ano, afirmou o advogado do grupo, Farshid Rofugaran à agência de notícias Iran Wire.

Intitulado "Happy we are from Tehran" ("Felizes somos nós de Teerã"), o vídeo chamou a atenção das autoridades iranianas em maio, depois de obter 150 mil visualizações.

Os jovens foram então presos pela polícia iraniana por violar as leis islâmicas do país, que proíbem que pessoas de sexos opostos dancem juntas (caso não sejam parentes) ou que as mulheres apareçam em público sem usar o véu islâmico.

Posteriormente, eles apareceram na TV estatal iraniana alegando que haviam sido ludibriados e que o vídeo seria na verdade um ensaio para uma audição.

As prisões foram criticadas por grupos internacionais em defesa dos direitos humanos e desencadearam uma campanha nas mídias sociais reivindicando a libertação dos jovens.

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