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Estudo põe medidor de frequência cardíaca em crítico de cinema durante sessão de terror

Stuart Heritage, do jornal 'The Guardian', explica como gráfico pode indicar a intensidade das emoções do espectador
Cena de 'Assim na terra como no inferno' Foto: Divulgação
Cena de 'Assim na terra como no inferno' Foto: Divulgação

RIO - Como parte de um estudo realizado pela Universidade de Brunel, em Londres, o crítico de cinema Stuart Heritage, do jornal inglês "The Guardian", aceitou usar um medidor de frequência cardíaca enquanto asssistia ao filme de terror "Assim na terra como no inferno", que estreou recentemente nos Estados Unidos - no Brasil, entra em cartaz no dia 25 de setembro.

O objetivo dda pesquisa é identificar os efeitos dos filmes sobre o corpo humano.

Heritage publicou o gráfico com as oscilações de sua frequência cardíaca durante a uma hora e meia em que passou no cinema assistindo ao longa de John Erick Dowdle, sobre os achados macabros de um grupo de cientistas no submundo de Paris.

Heritage brinca que o resultado pode ser o futuro da crítica de cinema, já que substitui os longos "textos subjetivos" por uma simples imagem que pode sugerir, com mais precisão, a intensidade das emoções do espectador durante um determinado filme.

O crítico diz que todas as pessoas em sua sessão também utilizaram o holter. "A nossa frequência cardíaca começou a bater oito vezes por minuto mais rapidamente aos quatro minutos do filme, o que aponta o momento em que algo provavelmente assustador aconteceu", diz. "Então a frequência caiu consideravelmente pelos próximos 30 minutos. É quando você provavelmente deveria ter ido ao banheiro."

Gráfico mostra a frequência cardíaca durante a sessão de 'Assim na terra como no inferno' Foto: Universidade de Brunel / Reprodução
Gráfico mostra a frequência cardíaca durante a sessão de 'Assim na terra como no inferno' Foto: Universidade de Brunel / Reprodução

Heritage chama atenção ainda para três picos na frequência cardíaca coletiva, com cerca de dez minutos de intervalo entre cada um. "Pode ser porque o filme tem um bom entendimento sobre o ritmo do gênero. Mas também pode sinalizar o momento em que as luzes da sala de cinema se acenderam inexplicavelmente no meio do filme, ou quando a mulher ao mundo lado gritou tão alto que todo mundo na sessão achou que ela estivesse sendo agredida fisicamente".