O Criciúma fez um bom primeiro tempo, saiu na frente e teve
um gol anulado de forma discutível. A etapa inicial que poderia terminar de 2 a
0 sobre o Fluminense acabou em igualdade. Gol sofrido no finzinho da primeira
metade que fez o Tigre balançar. No início da etapa final, os mandantes da
partida no Maracanã se aproveitaram dos vacilos e construíram a vitória por 4 a
2 (veja os principais lances no vídeo). Para o técnico Gilmar Dal Pozzo, o placar reflete as oscilações da equipe no
decorrer do jogo.
- Quando temos que nos defender, é preciso fazê-lo com
equilíbrio, sermos consistentes. Tem que saber a hora de se defender. Fizemos
um gol e falei que o primeiro tempo tinha acabado, era para ficar com posse de
bola e deixar o tempo passar, mas tomamos. No segundo tempo tomamos a virada e
mesmo assim a equipe teve poder de reação. Fizemos o segundo e tivemos perto do
terceiro. Mas daí veio o pênalti (para o Fluminense). A gente oscila dentro da
partida e por isso ocorre de oscilar no resultado – avaliou o comandante do
Carvoeiro, na entrevista após a partida.
Veja os principais tópicos da entrevista coletiva
de Dal Pozzo.
Avaliação
- No primeiro tempo o Criciúma esteve muito bem, com uma
defesa consistente. Estivemos dentro do sistema que temos jogado, com o João
Vitor fazendo a função de meia, marcando e jogando. Tivemos um gol legítimo
anulado (de Rodrigo Souza), outra situação clara com o Lucca. Fomos melhores e
fizemos. Mas o gol nos acréscimos deu sobrevida ao Fluminense, que voltou mais
motivado no segundo tempo. Estivemos abaixo e o Fluminense soube aproveitar
pela qualidade que tem, aproveitou as oportunidades.
Alterações
- O Bruno Lopes sentiu, estava com desconforto, e eu tinha
que colocar um atleta mais inteiro, com força e velocidade, como é o Gustavo.
Na troca do Souza para a entrada de Zé Carlos, o Souza vem em uma sequência de
jogos e o Zé tem treinado bem, foi merecimento. Iria tirar o Serginho para
colocar o Rafael (Costa) para ter mais poder ofensivo, para quem sabe empatar. Bem
na hora da torca teve a expulsão do Rodrigo Souza. Aí resolvi trocar o Lucca,
que estava desgastado e entendia que não iríamos conseguir buscar o resultado
pelo tempo e por ter um a menos.
Esquema tático
- Temos duas situações durante o jogo. A pressão alta em que
não deixamos o adversário jogar, pressionando com sei ou sete no campo de
ataque, e a pressão baixa, como todos atrás da linha da bola. Isso é treinado,
termos o time entre uma linha entre 30 e 40 metros, seja no campo ofensivo e
defensivo.
15 derrotas fora
- A gente joga sempre com a intenção de ganhar, ideia e essa. Nossa postura
teria que ser a mesma que temos em casa, que é muito boa. No primeiro tempo
teve isso e no segundo estivemos abaixo porque o adversário tem qualidade. É maturidade,
tem que consolidar o trabalho e agora reta final que não podemos mais errar.
Meio sem meia de origem
- O setor teve bom comportamento, a equipe toda esteve bem
no primeiro tempo. O João Vitor fez a função do Cleber Santana. Ele marca bem e
joga com qualidade, com bastante movimentação. O segundo gol nosso foi com assistência
dele. Esteve dentro da ideia do jogo. É a quarta partida seguida nossa com a
mesma formação, trocando um ou outro jogador por necessidade.
Joílson, João Vitor e rodrigo Souza suspenso para quarta
- É a oportunidade e para outros. O Roger (Gaúcho,
recuperado de lesão) pode estar em
condição boa. Temos o Rafael (Pereira) e o Serginho para o meio. O Rafael
também faz a zaga. Tenho até quarta-feira para definir.
Erros
- Não vamos individualizar os erros. Quando a gente ganha,
ganha como equipe, e assim é quando a gente perde. Falamos muito isso. Vamos
preservar os jogadores e vou cobrar muito internamente, sem expor, só
internamente.
Nervoso?
- Não vejo como nervosismo, mas perdeu por falta de
concentração. O Fluminense marcou no final e ganhou ânimo. Pedi no intervalos
que voltassem mais concentrados, porque ele viriam com força máxima, teriam que
ter mais atenção. Era preciso neutralizar o adversário, assentar a partida e
voltar a jogar.