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Dal Pozzo aponta “oscilação” do Tigre que causa reflexo "no resultado”

Treinador avalia time como melhor que o Fluminense no primeiro tempo, mas enxerga falta de “equilíbrio” no início do segundo tempo como preponderante em revés

Por Rio de Janeiro

 

O Criciúma fez um bom primeiro tempo, saiu na frente e teve um gol anulado de forma discutível. A etapa inicial que poderia terminar de 2 a 0 sobre o Fluminense acabou em igualdade. Gol sofrido no finzinho da primeira metade que fez o Tigre balançar. No início da etapa final, os mandantes da partida no Maracanã se aproveitaram dos vacilos e construíram a vitória por 4 a 2 (veja os principais lances no vídeo). Para o técnico Gilmar Dal Pozzo, o placar reflete as oscilações da equipe no decorrer do jogo.

- Quando temos que nos defender, é preciso fazê-lo com equilíbrio, sermos consistentes. Tem que saber a hora de se defender. Fizemos um gol e falei que o primeiro tempo tinha acabado, era para ficar com posse de bola e deixar o tempo passar, mas tomamos. No segundo tempo tomamos a virada e mesmo assim a equipe teve poder de reação. Fizemos o segundo e tivemos perto do terceiro. Mas daí veio o pênalti (para o Fluminense). A gente oscila dentro da partida e por isso ocorre de oscilar no resultado – avaliou o comandante do Carvoeiro, na entrevista após a partida.

Veja os principais tópicos da entrevista coletiva de Dal Pozzo.

Gilmar Dal Pozzo Criciúma técnico (Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC)Gilmar Dal Pozzo vê Criciúma diferente entre a primeira e segunda etapa do jogo (Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC)


Avaliação
- No primeiro tempo o Criciúma esteve muito bem, com uma defesa consistente. Estivemos dentro do sistema que temos jogado, com o João Vitor fazendo a função de meia, marcando e jogando. Tivemos um gol legítimo anulado (de Rodrigo Souza), outra situação clara com o Lucca. Fomos melhores e fizemos. Mas o gol nos acréscimos deu sobrevida ao Fluminense, que voltou mais motivado no segundo tempo. Estivemos abaixo e o Fluminense soube aproveitar pela qualidade que tem, aproveitou as oportunidades.  

Alterações
- O Bruno Lopes sentiu, estava com desconforto, e eu tinha que colocar um atleta mais inteiro, com força e velocidade, como é o Gustavo. Na troca do Souza para a entrada de Zé Carlos, o Souza vem em uma sequência de jogos e o Zé tem treinado bem, foi merecimento. Iria tirar o Serginho para colocar o Rafael (Costa) para ter mais poder ofensivo, para quem sabe empatar. Bem na hora da torca teve a expulsão do Rodrigo Souza. Aí resolvi trocar o Lucca, que estava desgastado e entendia que não iríamos conseguir buscar o resultado pelo tempo e por ter um a menos.   

Esquema tático
- Temos duas situações durante o jogo. A pressão alta em que não deixamos o adversário jogar, pressionando com sei ou sete no campo de ataque, e a pressão baixa, como todos atrás da linha da bola. Isso é treinado, termos o time entre uma linha entre 30 e 40 metros, seja no campo ofensivo e defensivo.

15 derrotas fora
- A gente joga sempre com a intenção de ganhar, ideia e essa. Nossa postura teria que ser a mesma que temos em casa, que é muito boa. No primeiro tempo teve isso e no segundo estivemos abaixo porque o adversário tem qualidade. É maturidade, tem que consolidar o trabalho e agora reta final que não podemos mais errar.  

Meio sem meia de origem
- O setor teve bom comportamento, a equipe toda esteve bem no primeiro tempo. O João Vitor fez a função do Cleber Santana. Ele marca bem e joga com qualidade, com bastante movimentação. O segundo gol nosso foi com assistência dele. Esteve dentro da ideia do jogo. É a quarta partida seguida nossa com a mesma formação, trocando um ou outro jogador por necessidade.  

Joílson, João Vitor e rodrigo Souza suspenso para quarta
- É a oportunidade e para outros. O Roger (Gaúcho, recuperado de lesão)  pode estar em condição boa. Temos o Rafael (Pereira) e o Serginho para o meio. O Rafael também faz a zaga. Tenho até quarta-feira para definir.

Erros
- Não vamos individualizar os erros. Quando a gente ganha, ganha como equipe, e assim é quando a gente perde. Falamos muito isso. Vamos preservar os jogadores e vou cobrar muito internamente, sem expor, só internamente.

Nervoso?
- Não vejo como nervosismo, mas perdeu por falta de concentração. O Fluminense marcou no final e ganhou ânimo. Pedi no intervalos que voltassem mais concentrados, porque ele viriam com força máxima, teriam que ter mais atenção. Era preciso neutralizar o adversário, assentar a partida e voltar a jogar.