11/06/2014 23h20 - Atualizado em 12/06/2014 11h14

MP-RJ busca provas de suposta difamação contra Aécio Neves

Jornalista se queixa de casa na Lapa 'revirada' sem sua presença.
PSDB diz que pediu apuração de crimes praticados contra o senador.

Henrique CoelhoDo G1 Rio

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) busca provas de uma suposta difamação na internet contra o pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves. Nesta quarta-feira (11), ao menos um mandado de busca e apreensão foi realizado no Rio.

Segundo o MP, outras diligências estão em andamento. A assessoria de imprensa do PSDB informou que pediu investigação de crimes praticados contra o senador por “quadrilhas virtuais".

A jornalista Rebeca Mafra reclama que teve sua casa, na Lapa, Centro do Rio, "revirada" por policiais sem a sua presença durante a operação. Rebeca contou estava na Barra, na Zona Oeste, quando recebeu uma ligação de um oficial de Justiça dizendo que tinha um mandado de busca e apreensão, emitido pelo MP. O motivo, segundo ela, seria a investigação sobre comentários difamatórios na internet contra o pré-candidato do PSDB.

"Eu me senti e me sinto invadida depois disso. Acho que tudo isso foi feito da maneira equivocada, sem eu estar em casa. Me sinto insegura", contou a jornalista, que diz jamais ter feito qualquer menção difamatória ao candidato e que não recebeu intimação. "Minha casa só não foi arrombada porque minha amiga, por sorte, tinha a chave e abriu a porta."

Em nota, o Ministério Público afirma que recebeu representação do senador Aécio Neves e que está realizando diligências que incluem o cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Assessoria do PSDB afirma que ao apresentar ao MP-RJ pedido de investigação dos crimes praticados contra Aécio por quadrilhas virtuais, "em nenhum momento, requereu a realização de busca e apreensão de quaisquer equipamentos ou documentos, sejam em residências ou em sedes de empresas".

Ainda segundo o partido, "os pedidos solicitados limitaram-se aos que são padrão nesse tipo de investigação, qual seja: oitiva de testemunhas, depoimento dos suspeitos já identificados como participantes da quadrilha, e providências para apuração se essas pessoas são remuneradas por terceiros pela execução dessas ações.

Pertences na delegacia
Rebeca reclama ainda que vários objetos pessoais seus foram levados para a delegacia. "Não tenho nenhuma ligação com política, jamais falei nada contra ele. Estava fora do Rio, não tive nem tempo para isso (...) Levaram um computador, dois HDs externos, pendrive, CD e fotos pessoais minhas, um iPhone, diversos bens materiais. Teria de haver um técnico para que eles realizassem a perícia dos dados sem levar nada, mas levaram isso tudo para a 5ª DP", disse a jornalista, que já contratou um advogado para a orientar em como seguir com o caso.

O G1 pediu um posicionamento da Polícia Civil do Rio, mas não havia obtido resposta até a publicação desta reportagem.

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