21/07/2014 20h25 - Atualizado em 21/07/2014 20h26

Secretário nega 'oportunismo' do governo no debate sobre futebol

Aécio disse no Facebook que propor reforma no futebol é ‘oportunismo’.
Após derrota para Alemanha, Dilma e Aldo Rebelo defenderam mudanças.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

O secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Antonio José Carvalho do Nascimento Filho, negou nesta segunda-feira (21) que haja “oportunismo” por parte do governo federal na discussão sobre mudanças na gestão do futebol brasileiro. A declaração foi dada após reunião de integrantes do governo com a presidente Dilma Rousseff e representantes do Bom Senso F. C., grupo que defende mudanças na gestão do futebol.

Em 11 de julho, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou manifestações de Dilma e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defenderam reformas no futebol brasileiro. Em mensagem no Facebook, o tucano disse que, embora o esporte precise de uma profunda reformulação, "não é hora de oportunismo”.

“Primeiro, tentar melhorar o futebol brasileiro não é oportunismo, é patriotismo. E outra coisa, eu tenho falado nisso há um ano e meio, estou envolvido nesse projeto, tenho reunião com o Bom Senso há um ano e meio. Foi o Brasil perder de 7 a 1 para todo mundo ter solução pro futebol brasileiro”, disse o secretário do Ministério do Esporte, ao ser questionado sobre as declarações de Aécio Neves.

O Bom Senso defende mudanças como a participação dos atletas em assembleias e reuniões decisórias nos times; a criação de um Plano Nacional de Desenvolvimento do Futebol; inclusão de questões trabalhistas no projeto de lei de renegociação das dívidas dos clubes; pagamento em dia dos salários; e reformulação no calendário dos campeonatos.

Segundo Nascimento Filho, a discussão sobre as mudanças no futebol começou no âmbito do governo federal há um ano e meio. Segundo ele, as “deficiências” do futebol brasileiro não surpreendem “nem um pouco”.

“A gente tem conversado há meses, esse projeto está na comissão desde o ano passado, a gente já conversa desde o ano passado. Não foi uma coisa eleitoreira, a gente está pensando nisso. Pra nós o placar do 7 a 1 surpreende, as deficiêcias do futebol brasileiro não surpreendem nem um pouco. Tanto que a gente está conversando sobre isso há muito mais tempo que o 7 a 1 lá no Mineirão”, concluiu.

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