03/05/2016 12h26 - Atualizado em 03/05/2016 12h55

Colégio D. Pedro II e Faeterj são desocupados em Petrópolis, no RJ

Após acordo, estudantes saíram das unidades nesta segunda (2) e terça (3).
Greve dos professores do estado continua, portanto, aulas não retornam.

Do G1 Região Serrana

Estudantes ocupam a unidade educacional (Foto: Divulgação)Alunos ocuparam o Colégio D. Pedro II por 16 dias (Foto: Arquivo pessoal/Carolina Martins)

Os estudantes que ocuparam o Colégio Estadual D. Pedro II começaram nesta terça-feira (3) a sair da unidade educacional. A decisão foi acertada em reunião nesta segunda-feira (2) com a Coordenação Regional da Secretaria de Estado de Educação, que se comprometeu a atender as demandas locais. Além disso, alunos da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj) também saíram da unidade após reunião com a direção da unidade, nesta segunda-feira.

Ao todo, cerca de 30 alunos da faculdade ocuparam a unidade de ensino desde o último dia 14 de abril. Eles pediram melhorias na infraestrutura, como nos computadores, troca de telhados e a emissão de diplomas de ex-alunos. Na última semana, tiveram um encontro com o presidente da unidade, no Rio, que se comprometeu a atender as demandas dos ex-alunos.

“Antes da desocupação, chamei a Associação de Moradores do Quitandinha, a Polícia Militar e representantes do LNCC para fazermos uma vistoria no espaço. No local não houve nenhum dano provocado pelos estudantes e nenhum objeto foi levado. Nossa intenção foi mostrar a ocupação foi pacífica e que os alunos estavam lá realmente para apoiar a causa dos professores do estado”, explicou a diretora da unidade, Lucimar Cunha.

Já no Colégio D. Pedro II, os estudantes entraram na unidade no dia 18 de abril. Na ocasião eles pediram, entre outras coisas, melhores condições de infraestrutura na unidade educacional, passe-livre irrestrito, emissão de diplomas de alunos em atraso, além da eleição direta para professores. De acordo com o representante dos estudantes, Ivan Rodrigues, a reunião realizada com a Coordenação Regional Serrana nesta segunda foi primordial para que os alunos pudessem sair da escola.

Unidades continuam sem aula
Apesar dos estudantes terem desocupado as unidades educacionais, ainda não há previsão para a volta das aulas. De acordo com a coordenadora do Sindicado dos Profissionais da Educação em Petrópolis, Rose Silveira, a paralisação vai continuar até que o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, publique as reivindicações acordadas nas reuniões anteriores com a categoria.

“Nesta quarta-feira (3) teremos uma assembleia no Rio e vamos fazer um ato até o Palácio Laranjeiras na tentativa de uma reunião com o governador. Já são 61 dias em greve esperando um posicionamento definitivo, com cerca de 70 a 80% dos profissionais da categoria paralisados”, explicou.

Entre as reivindicações da categoria estão a solicitação do calendário de pagamento fixo, recebimento dos vencimentos dos aposentados nos mesmo dias dos servidores ativos, eleição direta para diretores, disciplinas com mais de uma aula por semana, professores fiquem lotados numa mesma escola quando tiverem a mesma matricula, melhores condições de trabalho, além do fim da Saerj.

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