Edição do dia 30/10/2014

30/10/2014 14h07 - Atualizado em 30/10/2014 14h07

Personalidades americanas trocam smartphones por celulares antigos

Modelos de celular antigos estão sendo ressuscitados nos EUA.
Inacessibilidade e tranquilidade explicam a adoção dos aparelhos.

Em um mundo onde estar conectado o tempo todo parece fundamental, muitas personalidades americanas estão buscando o contrário: elas querem ficar menos acessíveis. Nos Estados Unidos, modelos de celular antigos estão sendo ressuscitados.

Tudo começou em setembro, quando a editora da Vogue dos Estados Unidos, Anna Wintour, considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo da moda, apareceu num evento, usando um celular antigo.

As fotos dela ganharam as redes sociais, todo mundo começou a falar sobre o telefone da Anna Wintour e, a partir disso, algumas pessoas consideradas formadoras de opinião começaram a se manifestar dizendo que também tinham trocado o iPhone ou smartphone por um aparelho de dez anos atrás.

Vários sites e revistas publicaram reportagens sobre o assunto. E aí virou moda o celular de flip, aquele que abre e fecha. O aparelho não tem internet, não tem GPS nem WhatsApp. Tem no máximo o jogo da cobrinha. Todo conceito atrás disso é a questão da inacessibilidade.

As pessoas que adotaram o celular antigo dizem que a escolha delas não tem nada a ver em querer estar na moda. Tem a ver com tranquilidade.

Com o celular atual, a quantidade de mensagens que uma pessoa recebe todos os dias é enorme. Ou se perde muito tempo para responder todas as mensagens ou fica sempre com aquela sensação de ter deixado alguma coisa pendente.

A vantagem do celular antigo é que, como ele tem poucos recursos, quem realmente precisa falar, ou vai ligar ou vai mandar uma mensagem de texto. Ou seja, as pessoas podem filtrar as distrações do dia e têm mais energia para focar no que realmente importa. Fora que é bem mais barato.