Numa rodada, vitória convincente contra o São Paulo, um
concorrente forte e direto, fora de casa. Na outra, empate frustrante com o
Bahia, time que tenta se afastar da zona de rebaixamento. É a rotina do
Fluminense no Campeonato Brasileiro, e Cristóvão Borges não está nada
satisfeito com ela. Neste sábado, no Mané Garrincha, em Brasília, o Tricolor
abriu o placar, teve chances de ampliar, mas permitiu a igualdade. O empate por
1 a 1 impede novamente a equipe de voltar ao G-4 (Assista acima aos melhores momentos).
- É uma frustração,
ficamos bastante chateados. São oportunidades que, num campeonato duro e
difícil, você não pode deixar passar. Temos consciência disso, vai ficando mais
difícil e complicado. Tem que aproveitar, não está acontecendo. Ficamos bastante
chateados. É uma preocupação, sim, quando não se consegue o resultado. Isso vem
acontecendo há algum tempo - analisou.
Boa parte dos torcedores do Fluminense que foram ao Mané Garrincha, em
Brasília, ficou irritada com o técnico, que substituiu o meia Conca pelo
volante Edson aos 22 minutos do segundo tempo. O Tricolor ainda vencia por 1 a
0 e sofreu o empate no fim. Após o jogo, o treinador explicou a escolha pela
saída do argentino.
- O resultado não era aquele que queríamos. Procuramos ganhar o jogo, a
vitória, saímos na frente. No momento da substituição, com a entrada do Léo
Gago, ele saía para organizar o jogo, e o Bahia colocou nossa equipe para trás.
Precisávamos reorganizar. O Conca estava sendo muito marcado, achei melhor
tirar ele, encaixamos novamente a marcação. A partir daí, tivemos várias
chances de decidir o jogo, mas não conseguimos. Foi isso - disse o comandante.
Após novo resultado ruim, o Tricolor está com 41 pontos. É o sétimo. O
time volta a jogar nesta quinta-feira, às 19h30, contra o Atlético-MG, no
Maracanã.
Confira outros trechos da entrevista:
Gols perdidos
Na maioria daqueles empates que tivemos, perdemos a chance
de entrar no G-4. Sabíamos que hoje a chance de entrar no G-4 cresceria com a
vitória. Conseguimos controlar o jogo em boa parte do segundo tempo,
conseguimos criar e criamos. Contra o Palmeiras, criamos seis e fizemos três.
Em outros, como contra o Figueirense, criamos mais de 10 e não fizemos. Foram oportunidades
claras e não tivemos a felicidade de fazer.
Jogar em Brasília
É sempre bom, somos bem acolhidos. Estádio de Copa, sempre
bom. A torcida sempre comparece, nos sentimos bem, em casa. É sempre um prazer
jogar aqui.
Vaias dos torcedores
São dois motivos. Se tem uma vitória, a possibilidade de
voltar ao G-4 era grande. Era o desejo de todos. Essas coisas acontecem. A
coisa do ídolo é tratada dessa forma. Sobre a substituição, temos Conca, Fred,
que são adorados pela torcida. Às vezes, a interpretação é de que estão sendo
maltratados. São coisas compreensíveis, é desse jeito, dessa forma, acontece.
Como treinador, vendo o jogo, tenho que tomar decisões.
Partida do Fred
Todos eles jogaram no mesmo nível, o Sobis
quando entrou, o Wagner. Fred fez gol, é isso que ele faz. Todos tiveram
chances.