Saúde Ciência

Sonda enviada pela Nasa entra na órbita de Marte neste domingo

Equipamento vai investigar como planeta perdeu sua água
This 1999 Hubble telescope image shows Mars when Mars was 54 million miles (87 million kilometers) from Earth. A NASA spacecraft designed to investigate how Mars lost its water is expected to put itself into orbit around the Red Planet on Sunday after a 10-month journey. After traveling 442 million miles (711 million km) from Earth, the Mars Atmosphere and Volatile Evolution, or MAVEN, probe faces a do-or-die burn of its six braking rockets beginning at 9:37 p.m. EDT/0137 GMT. REUTERS/NASA/Handout (OUTER SPACE - Tags: ENVIRONMENT SCIENCE TECHNOLOGY) FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED, EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS Foto: NASA / REUTERS
This 1999 Hubble telescope image shows Mars when Mars was 54 million miles (87 million kilometers) from Earth. A NASA spacecraft designed to investigate how Mars lost its water is expected to put itself into orbit around the Red Planet on Sunday after a 10-month journey. After traveling 442 million miles (711 million km) from Earth, the Mars Atmosphere and Volatile Evolution, or MAVEN, probe faces a do-or-die burn of its six braking rockets beginning at 9:37 p.m. EDT/0137 GMT. REUTERS/NASA/Handout (OUTER SPACE - Tags: ENVIRONMENT SCIENCE TECHNOLOGY) FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED, EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS Foto: NASA / REUTERS

RIO - A sonda da Nasa concebida para investigar como Marte perdeu sua água deve entrar na órbita em torno do planeta neste domingo, após uma viagem de 10 meses.

Depois de viajar 711 milhões de quilômetros, a Mars Atmosphere and Volatile Evolution ou, simplesmente, Mavem, deve entrar na órbita do Planeta Vermelho às 22h50m, no horário de Brasília.

Durante as próximas seis semanas, enquanto engenheiros verificam nove instrumentos científicos da Maven, a sonda irá manobrar-se em uma órbita operacional que vai oscilar de 150 quilômetros a 6.200 quilômetros da superfície de Marte.

Ao contrário de sondas enviadas anteriormente, Maven incidirá sobre a atmosfera do planeta, que os cientistas suspeitam já ter sido muito mais espessa do que o envelope insignificante formado principalmente de dióxido de carbono que o rodeia hoje.

Seria necessário um ar mais denso para que a água permanecesse na superfície. Enquanto não há registros de água por lá hoje em dia, Marte é coberto por canais de rios antigos, leitos de lagos e evidências químicas de um passado mais quente e úmido.

"Para onde foi a água? De onde veio o dióxido de carbono?", perguntou o cientista líder das pesquisas feitas pela Maven, Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado, a jornalistas esta semana.

- Ela pode ter ido a dois lugares: para baixo na crosta ou até o topo da atmosfera , onde pode ser perdida para o espaço - disse ele.

O foco do Maven é a última hipótese. A espaçonave, construída pela Lockheed Martin, irá passar um ano monitorando o que acontece quando o vento solar e outras partículas carregadas atingem as camadas superiores da atmosfera de Marte, trazendo-a para fora.

Ao estudar a atmosfera de hoje, os cientistas esperam aprender sobre os processos envolvidos em seu funcionamento e, em seguida, usar modelos de computador para fazer observações através do tempo. Em última análise, os cientistas querem saber se Marte tinha condições adequadas para a evolução da vida.

Maven vai integrar uma frota de outras duas sondas norte-americanas, dois robôs norte-americanos e um orbitador europeu que já atuam em Marte. Já a primeira sonda da Índia deve chegar ao planeta nesta quarta-feira