France Presse

24/10/2014 09h06 - Atualizado em 24/10/2014 10h12

Curdos sírios aceitam 1.300 homens do Exército Sírio Livre para Kobane

Curdos negociam agora caminho pelo qual combatentes passarão.
Declaração foi dada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan

Da France Presse

Os curdos sírios aceitaram a ajuda de 1.300 efetivos do Exército Sírio Livre (ESL) para defender a cidade de Kobane frente aos jihadistas, afirmou nesta sexta-feira (24) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na Estônia.

"O PYD (Partido de União Democrática, o principal partido curdo sírio) aceitou o reforço de 1.300 homens do ESL e estão negociando o caminho pelo qual passarão", afirmou Erdogan durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega estoniano Toomas Hendrik Ilves.

O chefe do Estado turco também informou que, em última análise, apenas 150 combatentes curdos iraquianos, os peshmergas, devem juntar-se às forças em Kobané (Ain al-Arab, em árabe) através do território turco.

"Acabo de ser informado que o número de peshmergas foi reduzido para 150", disse.

As autoridades turcas anunciaram na segunda-feira que permitiram a passagem através do seu território de reforços peshmergas iraquianos para Kobane, cidade localizada a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia.

"Como vocês sabem, nós concordamos em nossas discussões com (o presidente americano Barack) Obama para que o ESL seja a nossa primeira escolha (para reforços em Kobane) e os peshmergas em segundo", explicou Erdogan.

Ao contrário dos Estados Unidos, o governo islâmico-conservador da Turquia se opôs a qualquer tipo de assistência direta aos combatentes das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), o braço armado do PYD que está na linha de frente na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) .

Erdogan acusa o PYD de ser um movimento "terrorista" irmão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o movimento curdo turco que coordena desde 1984 uma rebelião que deixou mais de 40.000 mortos.

Já a Turquia manifestou a sua disponibilidade de fornecer ajuda militar e formação aos combatentes do ESL, próximos da oposição moderada ao presidente sírio Bashar al-Assad, inimigo de Ancara.

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