• Rennan A. Julio
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Vacina contra o câncer de mama está em fase de testes (Foto: Reprodução)

Vacina contra o câncer de mama está em fase de testes (Foto: Reprodução)

Em cada oito mulheres americanas, uma enfrenta câncer de mama. A doença causa cerca de 40 mil mortes por ano nos Estados Unidos. E apesar dos números terem diminuído nos últimos tempos, uma resposta contra a patologia se mostra cada vez mais necessária. Pensando nisso, uma cura em forma de vacina está em andamento – e os primeiros resultados se mostraram promissores.

Envolvendo apenas 14 indivíduos, a fase um dos testes da vacina obteve resultados considerados seguros. William Gillanders, autor do projeto realizado pela Washington University School of Medicine, afirma que a tal cura é capaz de fazer com que o sistema de imunidade ataque as células do tumor e desacelerem o avanço da doença.

Publicado no jornal Clinical Cancer Research, o estudo explica como a vacina utiliza-se da proteína mamaglobina-A para ativar as células do sistema de imunidade. Apesar de sua função não ser completamente clara, a proteína protagoniza pesquisas contra o câncer de mama há mais de 20 anos.

Ela funciona de maneira simples: depois que o paciente recebe a vacina com a mamaglobina-A, seu sistema se encontra “forçado” (ou incentivado) a lutar contra as células cancerígenas. “Na teoria, isso significa que podemos tratar muitos pacientes sofrendo com essa doença sem causar efeitos colaterais negativos”, conta Gillanders.

Contudo, o teste primário foi realizado com o intuito de descobrir a segurança do tratamento. Mesmo assim, a equipe de cientistas notou que um ano após os testes, sete dos 14 participantes não mostraram progressão da doença. Estudos futuros devem definir a validade da vacina: “Agora nós sabemos que a vacina é segura, então podemos realizar mais testes em outros pacientes para conhecer a real efetividade do tratamento.

Concluindo – e criando esperanças para o futuro, Gillanders completa: “Se nós aplicarmos a vacina no início do tratamento, poderemos livrar o sistema de imunidade desse paciente – assim evitando as formas de metástase”.