25/08/2014 17h18 - Atualizado em 25/08/2014 17h18

Reforço de segurança em 'currais eleitorais' do RJ é votado nesta 2ª

Plenário do TRE/RJ vai decidir sobre denúncia de candidatos.
Milícia e tráfico estariam proibindo campanha em comunidades.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio

O plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) vai votar nesta segunda-feira (25) se é a favor de convocar as Forças de Segurança para atuar em comunidades influenciadas pelo tráfico de drogas e por mílicias, onde funcionariam "currais eleitorais", de acordo com denúncias de candidatos.  Caso a maioria dos sete juízes seja a favor do reforço, o pedido passaria ainda pelo governo estadual, que repassaria a solicitação ao Ministério da Justiça.

O relatório foi elaborado pela Secretaria de Segurança Pública (Seseg), com a participação do secretário da pasta, José Mariano Beltrame. O documento, no entanto, ainda não foi entregue a um dos magistrados responsável pelo tema segurança nas eleições, o juiz Fábio Uchôa. Inicialmente, porém, ele se manifestou contrário à convocação. Já o Ministério Público Eleitoral, por meio do procurador Paulo Roberto Bérenger, está inclinado a concordar com o reforço. Ele será um dos responsáveis por apresentar as acusações.

Candidato a deputado estadual, Carlos Minc é ex-secretário do meio ambiente do Rio e foi um dos primeiros a denunciar a proibição de distribuição de material de campanha. O caso teria acontecido na Rocinha, enquanto ele garante que colegas relataram o mesmo problema na Zona Norte e em municípios como Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Nestes lugares, os criminosos estariam proibindo a distribuição de material de campanha e até a reunião de candidatos e cabos eleitorais.

"Mesmo com UPP e, apesar da UPP, tem curral eleitoral. É inacreditável e inaceitável que, nessa altura do campeonato, o tráfico decida quem vai ou não fazer campanha, inclusive em comunidades com UPP", lamentou Minc ao G1.

Apreensão na Rocinha
Na quarta passada (20), o TRE-RJ apreendeu três toneladas de propaganda irregular também na Rocinha, comunidade da Zona Sul do Rio. A ação, segundo o TRE, teve apoio da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e foi a primeira de uma série.

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