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Restam apenas seis rinocerontes-brancos-do-norte no mundo

Um deles morreu na última semana numa unidade de conservação no Quênia

Suni era um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte que habitavam a unidade de conservação de Ol Pejeta, no Quênia
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Diculgação/Ol Pejeta
Suni era um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte que habitavam a unidade de conservação de Ol Pejeta, no Quênia Foto: / Diculgação/Ol Pejeta

NANUYKY, QUÊNIA - O rinoceronte-branco está cada vez mais perto de desaparecer do mundo, e mais uma perda foi registrada na última semana. A unidade de conservação Ol Pejeta, em Nanuyki, no Quênia, anunciou que Suni, o sétimo rinoceronte-branco-do-norte, morreu no último dia 17. O animal de 34 anos foi o primeiro a nascer em cativeiro. Junto de outro macho e duas fêmeas, ele foi deslocado para Ol Pejeta em 2009.

Ainda não está clara a causa da morte, mas os guardas florestais que encontraram Suni garantem que ele não foi vítima de caçadores, uma ameaça frequente de rinocerontes no continente africano. Em 2006, seu pai Saút morreu de causas naturais na mesma idade.

Com isso, restam apenas seis rinocerontes-brancos-do-norte no mundo. Suni era um dos dois últimos machos reprodutores.

“Continuaremos a fazer o que pudermos para manter os três animais restantes vivos no Ol Pejeta, na esperança de que nossos esforços um dia resultarão no nascimento de um rinoceronte-branco”, comentou em nota a unidade de conservação.

Os esforços feitos até então para incentivar a reprodução deles foi malsucedida. Além dos chamados rinocerontes-brancos-do-norte, há também os rinocerontes-brancos-do-sul, que quase foram extintos há 100 anos e continuam ameaçados, mas em menor risco.

Apesar do nome, a coloração do rinoceronte-branco-do-norte é entre cinza e amarelo amarronzado. É um dos maiores espécimes entre os rinocerontes, pesa entre 1,4 mil e 3,6 mil quilos. Os chifres medem cerca de 60 centímetros, mas podem chegar até 1,5 metro.