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Série do GNT, ‘Animal’ é uma produção de grande qualidade

Patrícia Kogut

'Animal', do GNT (Foto: gnt)'Animal', do GNT (Foto: gnt)

Primeiro resultado da parceria da Globo com a Globosat, “Animal” estreia na próxima quarta-feira prometendo funcionar como um poderoso lembrete de que a TV paga mudou. Não falo da popularização de seus programas, resultado da afluição da classe C a um serviço que foi para poucos por muito tempo.

Ao contrário. Falo da capacidade de produzir uma série requintada por diversos aspectos. Definitivamente, acabou o tempo em que na televisão por assinatura era possível experimentar — e errar — sem ser visto por muitos. “Animal” não é obra de amador e vai para um público que espera qualidade. A maioridade chegou.

A série em 13 episódios é criação de Paulo Nascimento. Seu protagonista é Gil (Edson Celulari), um biólogo que volta para Monte Alegre, cidade onde viveu sua família. Ele sofre de teriantropia, um distúrbio psiquiátrico que faz com que acredite ser um animal, no caso, um puma. Gil absorve características do bicho, como olfato, audição e visão aguçados. E seus apetites podem, claro, se tornar um perigo para quem estiver por perto.

“Animal” parte de algo possível — embora pouco provável. Tem um pé no realismo, mas flerta com o fantástico. Na cidade há uma seita estranha que reúne um grupo de virgens à espera de marcianos; e uma personagem que vive num palacete de estilo grego. A produção consegue algo que a TV brasileira fez pouco com tanto sucesso: cria uma atmosfera única. Essa construção é resultado da trilha, da fotografia, das caracterizações, enfim, de um conjunto bem feliz. O ótimo desempenho de Edson Celulari faz pensar que talvez tenha faltado a ele uma chance boa como essa. Cristiana Oliveira, a delegada, é seu par, outro acerto de escalação. “Animal” é para prestar atenção.

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