Edição do dia 02/09/2014

12/08/2014 14h25 - Atualizado em 20/03/2015 14h04

'Sotaques do Brasil' desvenda as diferentes formas de falar do brasileiro

JH viajou 16 mil quilômetros para mostrar a riqueza da língua portuguesa.
Série foi feita a partir da elaboração do Atlas Linguístico do Brasil.

Ana Zimmerman

Pernilongo ou muriçoca? Pão francês ou cacetinho? Bombom ou queimado? Os estados brasileiros têm o seu próprio vocabulário. Palavras diferentes acabam tendo o mesmo significado. Os professores que estão criando o Atlas Linguístico do Brasil dão o exemplo de mais de 200 palavras que mudam de estado para estado. Veja no vídeo acima.


A primeira matéria da série mostra que muitos locais do país têm um jeito diferente de pronunciar a letra “R”. Tem o “R” retroflexo, popularmente conhecido como “R” caipira; o “R” carioca, que raspa no fundo da garganta; o “R” gutural, que é mais suave, ouvido em Belo Horizonte e nas capitais do Norte e Nordeste; o “R” pronunciado com a ponta da língua; e o “R” que perde vibração e quase desaparece.  Confira essas formas de falar e os motivos das variações no vídeo acima.


 “Esqueci o isqueiro na esquina esquerda da escola”. Difícil não “chiar” nessa frase. Segundo os professores que prepararam o Atlas Linguístico do Brasil, três capitais disputam a liderança de quem fala o "S" mais chiado.

O maior número de pessoas falando o “S” chiado está no Rio de Janeiro. De cada 100 cariocas, 97 chiam, principalmente quando o “S” está no meio da palavra. Belém fica em segundo lugar, seguida de Florianópolis. Entenda porque isso acontece no vídeo acima.


 A terceira reportagem da série mostra o jeito mineiro de encurtar as palavras e como em São Paulo o “R”  se multiplica. Além disso, mostra que os pesquisadores criaram um mapa das capitais que usam o pronome “tu”. A campeã foi Porto Alegre, onde de cada 10 pessoas, seis se referem ao outro como “tu”. Veja no vídeo acima.
 

 A última reportagem da série mostra como os brasileiros pronunciam as vogais, como a letra ‘e’.  A vogal 'e' tem outra variação e segundo pesquisadores, acaba sendo trocada pela letra 'i'. São poucos os brasileiros que pronunciam o 'e' bem falado, principalmente no final das palavras, como na região de Curitiba. Assista ao vídeo acima.