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Por Da Redação; Para O TechTudo


O novo iMac, anunciado nessa quinta-feira (16), chamou a atenção por conta de sua tela Retina com resolução 5K, mas o que pode ter impressionado mais foi o preço do computador: a partir de R$ 14 mil. O lançamento se trata de um modelo "tudo em um", que reúne no monitor todas as configurações de um gabinete, que são de botar respeito. Esse tipo de computador ainda é uma solução estética, por ocupar menos espaço e poupar o uso de fios. Mas toda essa potência compensa o valor à venda?

Seja bem vinda, Tela Retina

Talvez, a Apple tenha demorado um pouco para inserir a tela Retina no iMac. Só quem já experimentou a tecnologia consegue perceber que a diferença entre um dispositivo com e sem o recurso é gritante. Mas tudo foi por uma boa causa. Como os rumores apontavam, o modelo de 27 polegadas ganhou ainda a resolução Ultra HD, de 5.120 x 2.880, que seria a maior do mundo em um display, segundo a fabricante.

O iMac promete surpreender até mesmo os mais céticos com imagens cada vez mais nítidas. Ao todo, são 14,7 milhões de pixels — sete vezes mais do que uma televisão Full HD. A quantidade de pixels é tão grande que a Apple teve de desenvolver um controlador específico para gerenciá-los.

A nova tecnologia inserida no monitor garante também uma maior eficiência energética. Graças à utilização de TFT (transistor de película fina, em tradução) e um novo conjunto de iluminação LED, a tela chega a consumir 30% menos energia do que os modelos anteriores.

Em comparação, temos um monitor 5K que foi apenas anunciado pela Dell, em setembro. O UltraSharp HD 5K tem o mesmo tamanho e resolução do novo iMac e custará cerca de US$ 2,5 mil, o mesmo preço do iMac nos Estados Unidos, com a diferença de que o modelo da Dell é apenas um monitor, não um "tudo em um". O consumidor teria de investir ainda em um gabinete, mas também não se sabe por quanto estará à venda o monitor da Dell no Brasil, nem quando será lançado aqui. É possível que chegue mais barato do que o iMac no país, apesar do suposto valor igual de ambos no mercado estrangeiro.

Hardware renovado

Claro que não adiantaria de nada ter um monitor excelente se o hardware não o acompanhasse. Dentro da carcaça metálica de 5 mm, podem pulsar os já conhecidos processadores da Intel Core de quatro núcleos: i5 de 3,5 GHz ou i7 de 4,0 GHz.

A placa gráfica pode ser uma AMD Radeon R9 M290X com 2GB ou uma Radeon R9 M295X com 4GB, ambas com memória GDDR5. Estas são umas das GPUs mais aclamadas da atualidade, com capacidade de 3,5 Teraflops de processamento.

O novo iMac conta ainda duas portas Thunderbold 2; 8 GB de memória RAM, com capacidade de expansão para até 32 GB; e HD Fusion Drive de 1 TB ou 3 TB ou SSD de 256 GB, 512 GB ou 1TB. O resto da configuração segue a mesma linha dos iMacs mais velhos: quatro portas USB 3.0, Bluetooth 4.0, Wi-Fi 802.11ac e câmera FaceTime HD.

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É possível encontrar o Intel Core i5 de 3,5 GHz por cerca de R$ 750. Já a GPU do iMac está disponível no mercado por cerca de R$ 1,8 mil, um valor já bem puxado. Um modelo de memória RAM G.Skill sai por aproximadamente R$ 460, e um HD de 1 TB, por R$ 250. A placa-mãe Asus P8Z77-V Deluxe custa em torno de R$ 2 mil e inclui Wi-Fi, Bluetooth 4.0, seis portas USB 3.0 e capacidade para 32GB de RAM.

Sistema operacional

O novo iMac já virá de fábrica com o OS X Yosemite, novo sistema operacional da Apple. O download dele, inclusive, chegou gratuito para Mac. Entre as principais novidades, estão uma maior integração com iGadgets. Será possível atender e fazer chamadas pelo computador, assim como começar um e-mail no iPhone e terminá-ló direto no iMac, automaticamente. Por outro lado, um Windows 8.1 Pro, o sistema mais atual da Microsoft por enquanto, custa cerca de R$ 500.

Preço

A Apple não é conhecida por pegar leve nos preços, principalmente para os brasileiros. A versão de entrada, se é que pode ser chamado assim, do novo iMac custa R$ 14 mil, R$ 3 mil reais a mais do que o aparelho da geração anterior.

Se somarmos os valores levantados para se montar um computador top concorrente do iMac no Brasil, já há um gasto de R$ 5.260. Como ainda não existe um monitor 5K à venda por aqui, o consumidor teria que optar por um modelo 4K, com o UD590, da Samsung, que sai por R$ 3,2 mil. Então, todo esse investimento, por enquanto, está estimado em R$ 8.460.

No entanto, é necessário ainda um gabinete com bom fluxo de ar para manter a temperatura estável e uma fonte que suporte todos os componentes. O case pode ser um Level GTS 10, da Thermaltake, de R$ 500, e a fonte, uma Antec 850 W com certificação 80 plus, que sai por aproximadamente R$ 590. Ao todo, o computador customizado com todas essas configurações custará, no mínimo, R$ 9.550.

Vale a pena comprar?

Esta é uma questão que alguns pontos devem ser levados em consideração. É evidente que o preço do novo iMac está fora da realidade da grande maioria dos brasileiros e que o modelo é mais voltado para uso profissional, como por designers ou editores de vídeo.

A Apple vende exclusividade, com componentes únicos que não podem ser encontrados nas lojas, como o HD Fusion Drive e o OS X Yosemite, além da nova tela Retina 5K.

Claro, se você estiver com o dinheiro sobrando e quiser investir em uma máquina top de linha, sem se preocupar em gastar um bom tempo com atualizações de hardware, o novo iMac pode ser considerado. Entretanto, lembre-se de que, com até mesmo um pouco menos de dinheiro, é possível montar, uma máquina semelhante em termos de hardware, mas não equivalente.

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