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Capitão do Brasil por minutos, Kaká diz que a decisão partiu de Neymar

Meia do São Paulo recebeu a braçadeira das mãos do atacante, diante da Argentina, e afirma: "Foi natural. Veio dele. Não teve ordem do banco"

Por São Paulo

Aos 37 minutos do segundo tempo,  Kaká substituiu Diego Tardelli no Superclássico das Américas. A Seleção contava com o maior nome da atual geração junto do último brasileiro escolhido o melhor do mundo pela Fifa. Nos acréscimos da partida, foi possível notar a importância do jogador do São Paulo para o time de Dunga. Neymar foi substituído e fez questão de passar a braçadeira de capitão para o sãopaulino.

No "Bem, Amigos!" desta segunda-feira, Kaká explicou que a ação partiu do craque do Barcelona e não veio como ordem do banco de reservas  (assista ao vídeo).

- Foi natural. Ele foi saindo, vindo na minha direção e já foi tirando a braçadeira e colocando no meu braço. Foi natural. Veio dele. Não teve nenhuma ordem do banco, nem quando eu entrei, que ele ia sair também, então foi natual - comentou Kaká.

Presente no programa, o ex-jogador e comentarista Edinho lembrou de um episódio com Zico no Flamengo no Campeonato Brasileiro de 1987, que resume a importância de um grande nome como o de Kaká junto aos companheiros de time em uma partida.

- O Zico tinha um problema no joelho e, toda vez que ele jogava, ficava com o joelho inchado e dificilmente jogava a partida seguinte. E, na véspera da semifinal com o Atlético-MG, em Belo Horizonte, o médico me chamou pedindo para eu conversar com o Zico, porque ele não queria ir para o jogo. Quando fui perguntar para o Zico por que ele não queria jogar, ele me disse que não iria poder correr e dar sua contribuição para o time. E eu disse para ele que só a presença dele em campo já intimidaria os outros jogadores. Resultado: o Zico entrou, fez gol, ganhamos por 3 a 2 e nos classificamos para a final contra o Internacional - contou Edinho.

Kaká Bem, Amigos São Paulo (Foto: David Abramvezt)No "Bem, Amigos!", Kaká explica braçadeira de capitão herdada por Neymar (Foto: David Abramvezt)

Com 32 anos, Kaká foi o jogador mais velho do grupo levado por Dunga para disputar o Superclássico das Américas contra a Argentina na China e o amistoso contra o Japão, disputado em Cingapura. Além disso, era o único que já havia sido campeão mundial com o Brasil, em 2002, escolhido melhor do mundo em 2007 e disputado três Copas com a seleção brasileira (2002, 2006 e 2010).