O governo dos Estados Unidos tentou obter a detenção de Roman Polanski na Polônia, país visitado pelo cineasta para a inauguração do Museu da História dos Judeus Poloneses, informa a imprensa local, que cita fontes do Judiciário. A polícia americana persegue Polanski desde 1977. O diretor de 81 anos, que tem nacionalidade francesa e polonesa, manteve relações sexuais com uma menor de idade.
Segundo uma fonte do ministério da Justiça da Polônia citada pelo jornal Gazeta Wyborcza, a justiça americana pretendia obter uma intimação, à espera de um processo de extradição. O pedido teria sido rejeitado por uma questão formal, segundo a fonte, por não ter sido traduzida ao polonês. Mas até o momento não existe uma confirmação oficial sobre a notícia.
Em 2010, Varsóvia negou a possibilidade de uma extradição porque o crime já havia prescrito, segundo a legislação polonesa. Mas a situação não é a mesma na lei americana e o interrogatório continua sendo uma opção plausível. O diretor deveria retornar para a França, onde mora, antes que o processo aberto acabasse em intimação, segundo um jurista consultado pelo jornal.
O jogo de gato e rato com a justiça americana não é novidade para Polanski. Em 2009 ele foi detido e colocado em prisão domiciliar durante alguns meses em Zurique, para onde havia viajado para receber um prêmio, mas ele não foi extraditado.
Além disso, o diretor viajou de maneira incógnita à Polônia em 2011, sem despertar atenção. Mas desta vez foi impossível passar despercebido, por sua aparição na TV durante a inauguração do Museu Judaico na terça-feira.