Reuters

27/08/2014 11h37 - Atualizado em 21/01/2015 09h38

Com 'Birdman', Michael Keaton abre festival e ganha elogios da crítica

'Triunfo em todos os níveis criativos, do elenco à execução', diz a 'Variety'.
Dirigido por Iñárritu, filme tem Edward Norton, Naomi Watts e Emma Stone.

Da Reuters

27/8: Edward Norton, o diretor Alejandro González Iñárritu e Michael Keaton chegam ao Festival de Veneza. (Foto: AFP PHOTO/TIZIANA FABI)Edward Norton, o diretor Alejandro González Iñárritu e Michael Keaton chegam ao Festival de Veneza. (Foto: AFP PHOTO/TIZIANA FABI)

Michael Keaton abriu o 71º Festival de Cinema de Veneza estrelando "Birdman", em que interpreta um ator decadente de filmes de superherói que tenta dar a volta por cima, um pouco como o próprio ex-"Batman". O filme do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu levou o peso das celebridades que Veneza, o festival de cinema mais antigo do mundo, precisa para não ser posto de escanteio pelo evento de Cannes, mais glamuroso e realizado em maio, e o encontro de poderosos da indústria no Festival de Cinema de Toronto, que começa na semana que vem.

Conhecido por filmes mais alternativos como "Babel" e "21 gramas", Iñárritu muda de marcha na nova produção, que também conta com Emma Stone como a filha de Keaton recém-saída de uma clínica de reabilitação em drogas, Naomi Watts como uma atriz desesperada para brilhar na Broadway e Edward Norton como inimigo do personagem de Keaton, Riggan Thomson. Em seu quinto longa-metragem, Iñárritu acrescenta toques de realismo mágico latino-americano, e ainda batidas de carro típicas de filmes de ação e um monstro gigantesco criado em computador, embora os efeitos especiais sejam essencialmente secundários.

A produção mais se parece com uma versão filmada de uma peça de teatro, já que na maior parte do tempo se passa em um palco e nos bastidores de um teatro da Broadway onde o personagem de Keaton espera reencontrar o sucesso com sua própria adaptação teatral de um conto do falecido escritor norte-americano Raymond Carver, “Do que falamos quando falamos de amor”.

Iñárritu fez o filme em um estilo que simula uma tomada única, por isso parece que a câmera jamais para, embora a ação transcorra ao longo de vários dias. A trama lida com a questão que assombra Riggan, que desistiu de ser o superherói Birdman, assim como Keaton parou de ser o Batman em 1992 depois de dois filmes: eu ainda existo?

Em uma resenha em seu site, a revista Variety classificou o filme como “um triunfo em todos os níveis criativos, do elenco à execução, que irá eletrizar a indústria, cativar plateias sofisticadas e fãs de cinema comercial, render muito assunto para os especialistas em premiações e renovar a carreira de Keaton”.

Veja a lista das produções que serão exibidas na competição oficial do Festival de Veneza:

- "The Cut", de Fatih Akin (Alemanha/França/Itália/Turquia)
- "En duva satt pa en gren och funderade aa tillvaro" ("A pigeon sat on a branch reflecting on existence"), de Roy Anderson (Suécia/Alemanha/Noruega)
- "99 homes", de Ramin Bahrani (EUA)
- "Le dernier coup de marteau", de Alix Delaporte (França)
- "Pasolini", de Abel Ferrara (França/Bélgica/Itália)
- "La rançon de la gloire", de Xavier Beauvois (França/Bélgica/Suíça)
- "Hungry hearts", de Saverio Costanzo (Itália)
- "Ghesseha" ("Tales"), de Rakhshan Bani E'temad (Irã)
- "Manglehorn", de David Gordon Green (EUA)
- "Trois coeurs", de Benoît Jacquot (França)
- "The Postman"s White Nights", de Andrej Konchalovsky (Rússia)
- "Il giovane favoloso", de Mario Martone (Itália)
- "Sivas", de Kaan Müjdec (Turquia)
- "Anime nere", do Francesco Munzi (Itália/França)
- "Good Kill", de Andrew Niccol (EUA)
- "Loin des hommes", de David Oelhoffen (França)
- "The Look of Silence", de Joshua Oppenheimer (Dinamarca/Finlândia/Indonésia/Noruega)
- "Nobi" ("Fires on the Plain"), de Shinya Tsukamoto (Japão)
- "Chuangru Zhe" ("Red Amnesia"), de Wang Xiaoshuai (China)

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