Um lugar de um horizonte emoldurado por nuvens e vulcões. De planícies imensas e secas. De florestas tropicais e praias deslumbrantes. Um lugar de paisagem selvagem, cidades modernas e cheias de história. Neste lugar vive um povo que se orgulha do seu jeito de viver.
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O Globo Repórter visita à América Central, onde o continente se estreita para formar o Panamá e a Costa Rica. É o coração das Américas.
A aventura começa pelas águas quentes e transparentes do Mar do Caribe. Elas guardam um território politicamente independente e naturalmente espetacular: Gunayala, também chamado de San Blas. São mais de 300 ilhas espalhadas ao longo da costa norte do Panamá. A maioria delas nunca foi habitada.
É preciso enfrentar o mar para explorar cada uma delas. Há uma ilha deserta tão pequena que só tem uma palmeira.
Nesse paraíso de areias brancas - vive a tribo Guna. Índios que aproveitam tudo o que a natureza oferece.
Enquanto os homens pescam. As mulheres produzem um artesanato delicado e muito colorido chamado de ‘mola’. Uma arte que Yrabel Alba, de 18 anos, aprendeu na infância.
A repórter pergunta o que inspira peças tão lindas? E ela diz que vêm da imaginação, dos sonhos e do que vê quando olha para o mar e para as ilhas.
Em um mundo quase primitivo, o turismo começa a ser a fonte de renda mais importante. Os gunas cobram taxa dos visitantes e dos veleiros. E só eles podem controlar as riquezas do lugar. Ninguém de fora, nem mesmo os panamenhos, pode abrir negócios no arquipélago. É uma forma de proteger o lugar.
A visão das ilhas de San Blas mexe com as emoções. É por isso que muitos aventureiros que navegam pelos mares do mundo não resistem e acabam ficando. Como a brasileira Adriana e o espanhol Eduardo.
Globo Repórter: De todos os lugares que vocês conhecem vocês diriam que esse é o mais conservado, como a natureza fez?
Adriana Ghiraldelli, cozinheira: Mais virgem, menos contaminado, isso sem dúvida.
Globo Repórter: Vocês pensam em partir um dia?
Eduardo Revuelta, empresário: Por enquanto não temos planos. Qualquer outro lugar seria menos lindo, menos tranquilo, menos do que a gente quer. Então por enquanto ficamos por aqui.
Todas as praias dessas ilhas são maravilhosas. A água é transparente, quente, dá para enxergar o fundo. E o mais impressionante é que ela muda de cor repentinamente. Em um ponto, a água passa de transparente a um azul turquesa profundo. É inacreditável. Parece até que foi colorido com tinta. As cores dependem do céu, do sol das algas e dos corais.