O São Paulo não pode reclamar das oportunidades que teve de encostar no líder Cruzeiro na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. No momento em que a Raposa mais oscila na competição, o Tricolor também acumula tropeços e não consegue diminuir o abismo que os separa. A oito rodadas do fim, a missão dos paulistas está cada vez mais difícil.
A vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro no Morumbi fez o São Paulo sonhar. A diferença caiu para apenas quatro pontos na ocasião, e a torcida passou a sonhar com a conquista. Parou por aí. Na sequência, das cinco vezes em que a Raposa tropeçou, apenas em uma o Tricolor conseguiu vencer. Resultado: a distância hoje já é de sete pontos novamente.
Virou quase uma regra. Enquanto o Cruzeiro perdia para o rival Atlético-MG (3 a 2), o São Paulo era batido pelo Corinthians pelo mesmo placar. Depois, a Raposa empatou com o Sport (0 a 0), e o Tricolor foi batido em casa pelo Fluminense. Neste momento, a diferença pulava de sete para dez pontos.
Os paulistas só reagiram em seguida quando fizeram 1 a 0 no
Atlético-PR, mesmo resultado do triunfo do Corinthians sobre os
mineiros. Na partida seguinte, o Cruzeiro manteve a instabilidade ao
levar 3 a 0 do Flamengo. No entanto, o São Paulo acabou batido por 1 a 0
pelo Atlético-MG.
Na quarta-feira, mais uma chance perdida para
levar Muricy à loucura. A Raposa suou a camisa para empatar com o
Palmeiras (1 a 1), mas o Tricolor ficou no 0 a 0 com a Chapecoense.
- Temos de nos preocupar conosco e não com o Cruzeiro – disse o treinador após o tropeço em Santa Catarina.
Muricy reclama do desgaste físico pela sequência de partidas entre Brasileirão e Copa Sul-Americana para justificar a queda de rendimento. Dos 27 pontos disputados nas nove partidas após a vitória sobre o Cruzeiro, o Tricolor somou apenas 11 (40,7%). A Raposa, mesmo instável, foi melhor. Foram 14 pontos conquistados (51,8%).
Diretoria, comissão técnica e jogadores garantem que o sonho ainda é o título, mas já começam a admitir que a vaga na Libertadores estará de bom tamanho. O São Paulo vai precisar de um rendimento quase perfeito e de mais tropeços do Cruzeiro para ser campeão.
Os rivais são: Goiás (casa), Criciúma (fora), Vitória (fora), Palmeiras (casa), Internacional (casa), Santos (fora), Figueirense (casa) e Sport (fora). O Cruzeiro pega: Figueirense (fora), Botafogo (casa), Criciúma (casa), Santos (fora), Grêmio (fora), Goiás (casa), Chapecoense (fora) e Fluminense (casa).