18/09/2014 10h01 - Atualizado em 18/09/2014 12h31

Pesquisa aponta que 88% são a favor da ampliação de ciclovias em SP

Levantamento do Ibope mostra aumento de pessoas que têm automóvel.
Paulistano gasta, em média, 2h46 por dia no trânsito.

Do G1 São Paulo

Objetivo da prefeitura é de ter 1,2 mil GCMs nas ciclovias (Foto: Marcelo Ulisses/GCM)Objetivo da prefeitura é de ter 1,2 mil GCMs nas
ciclovias (Foto: Marcelo Ulisses/GCM)

Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo divulgada nesta quinta-feira (18) mostra que aumentou de 86% em 2013 para 88% em 2014 o percentual de paulistanos a favor da construção e ampliação de ciclovias na cidade. A decisão do prefeito Fernando Haddad de construir 400 km de vias tem causado polêmica.

A pesquisa Ibope ouviu 700 pessoas entre dos dias 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados foram comparados com pesquisa semelhante realizada no ano passado.

De acordo com o levantamento, houve um aumento em dez pontos percentuais no número de pessoas com automóvel em casa, de 52% para 62%. Também subiu de 27% para 38% os que utilizam todos os dias e quase todos os dias.

Bicicletas
Os entrevistados mencionaram “construção de ciclovias” (26%) e “mais segurança” (26%) como principais fatores para a utilização de bicicletas como meio de transporte. Na opinião de 80%, ciclistas e motociclistas são “muito pouco” ou “pouco respeitados.

O levantamento aponta que embora tenha caído de 93% para 90%, dentro da margem de erro, os favoráveis à “ampliação das faixas exclusivas para ônibus” ainda constituem extensa maioria.  

Para 64%, os governos devem dar mais atenção aos transportes públicos. Construção ou ampliação de linhas do metrô ou trem são apontadas por 58% como medida mais urgente para a melhoria da mobilidade urbana. O item seguinte mais apontado é a ampliação de corredores de ônibus,  indicado por 37%.

Para 70% dos entrevistados o trânsito na cidade de São Paulo  é “ruim” ou “péssimo”, índice que, segundo a Rede Nossa São Paulo, vem se mantendo no mesmo patamar desde a primeira edição da pesquisa, em 2008.

O tempo total gasto pelo paulistano no trânsito, incluindo todos os deslocamentos, atingiu em 2014 o patamar de 2h46. Em 2013, a média era de 2h15. Em 2011, a média chegou a 2h49. 

Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte.

O aspecto mais atrairia pessoas que nunca andaram de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução, seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos que não cobrem atualmente. O item mais crítico continua sendo a lotação dos ônibus.

A pesquisa aponta que subiu de 41% para 52% o número de paulistanos que consideram que as faixas de pedestres são menos respeitadas.

Futuro
O apoio ao rodízio municipal de veículos em dois dias também ganhou mais adeptos. Subiu de 36% para 43% os que são favoráveis à medida. Atualmente o rodízio na cidade de São Paulo estipula um dia da semana em que o veículo com determinado final de placa não pode circular no chamado minianel viário, no período entre as 7h e as 10h e das 17h às 20h.

Parcela significativa dos entrevistados (41%) é favorável à implementação do passe livre para todos os usuários do transporte público em São Paulo. Em 2013, após as manifestações de junho que estimularam o tema, esse índice era de 46%.

Crise hídrica
Saúde continua sendo o maior problema na cidade, segundo a pesquisa. Em tempos de crise hídrica, o  tópico 'abastecimento de água', que ocupava o 18º lugar entre os principais problemas de São Paulo passou a ocupar a sexta colocação.

Também passou de 11% para 18% os que consideram a “poluição da água” como tipo de poluição mais grave na cidade.

“Poluição do ar” continua como sendo a mais grave para 94% dos entrevistados.  Subiu de 8% para 21% os que consideram a “falta de chuvas” como responsável pela poluição do ar.

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