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Setor menor de visitantes no Horto pode fazer decisão ter torcida única

Vistoria no Independência aponta capacidade inferior à necessária para abrigar os cruzeirenses no primeiro jogo da final da Copa do Brasil; Cruzeiro não aceita

Por Belo Horizonte

Um impasse em relação à quantidade de ingressos que serão destinados para a torcida do Cruzeiro no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no estádio Independência, pode fazer com que a decisão tenha torcida única.

Como acordado na reunião entre os representantes dos clubes, da Federação Mineira de Futebol e da Polícia Militar, realizada na última sexta-feira, as equipes visitantes teriam direito a 10% da carga total de ingressos, no Independência e no Mineirão.

Atlético-MG x Santos - independência  (Foto: Rafael Araújo)Vistoria no Independência apontou que setor de visitantes não comporta 10% da carga de ingressos (Foto: Rafael Araújo)



Entretanto, em vistoria no estádio na tarde desta segunda-feira, novamente entre os representantes de Atlético-MG, Cruzeiro e Polícia Militar, um impasse foi criado. Segundo o Coronel Machado, responsável pela segurança na área interna do estádio, o conflito acontece pelo fato de o setor destinado aos visitantes no Horto não ter capacidade suficiente para acomodar os 2.302 cruzeirenses.

- A PM determina que as duas primeiras fileiras têm que estar desocupadas por critério de segurança, o que reduziria a capacidade do setor em 431 lugares, restando cerca de 1.800 ingressos, o que não foi aceito pelo Cruzeiro.

Com o impasse, os representantes da Raposa encaminharam duas possíveis soluções a serem analisadas pela diretoria alvinegra. A primeira é realocar os demais cruzeirenses em outro setor do estádio, atendendo à quantidade de torcedores já pré-estabelecida. A outra é os visitantes abrirem mão da carga de ingressos, fazendo com que as duas partidas sejam realizadas com torcida única.

O Atlético-MG anunciou, via nota oficial, que será repassada ao Cruzeiro a quantidade de ingressos liberada pela Polícia Militar. E argumentou que os 2.219 lugares do setor destinado ao rival (sem as restrições por motivo de segurança) representam mais do que 10% da carga de ingressos (20 mil). Citou ainda que, no clássico deste ano no Mineirão, o Cruzeiro repassou 5.150 ingressos, menor do que 10% da capacidade de 62 mil, pois "apenas 51.909 foram comercializados pelo clube mandante".

Uma reunião foi convocada pelo próprio Coronel Machado para a manhã desta terça-feira, e a Polícia Militar vai assumir a responsabilidade de tomar uma decisão. A venda de ingressos para os cruzeirenses só começará quando for resolvido o impasse.