O forte calor somado à estiagem fez com que lagos de dois parques da Rio secassem, conforme mostrou o RJTV desta sexta-feira (31). Segundo o Alerta Rio, não chove forte há 113 dias, desde o dia dez de julho. No Parque Lage, Zona Sul da cidade, o espelho d´água que fica no começo da Floresta da Tijuca está sem água.
Já o Parque da Quinta da Boa Vista, na Zona Norte, famoso pelos seus gramados onde muitas famílias gostam de sentar e passar o dia, está com a grama seca e a paisagem árida. Nesta sexta-feira (31), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas na cidade chegaram a 37,8 Cº em Realengo, Zona Oeste do Rio.
Em um canal do Quinta da Boa Vista a água não corre mais. Segundo a Fundação Parques e Jardins, da prefeitura, o canal é abastecido pela chuva e secou com a estiagem das últimas semanas. Atletas que treinavam no parque sentem os efeitos da estiagem e reclamam das altas temperaturas.
"A gente está sofrendo com o clima seco. A água já até acabou", disse uma delas. "Estamos aqui treinando e o calor está absurdo. A gente até trouxe água, mas não está passando não", destacou outra jovem que fazia exercícios no local.
A Prefeitura do Rio informou vai fazer uma limpeza no canal e que estuda a possibilidade de instalar um sistema de bombeamento mecânico para levar a água até os lagos.
Governo descarta racionamento
No dia 16 de outubro, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) admitiu que pode faltar água no Rio de Janeiro, caso não chova no estado no período de 30 dias. Segundo ele, a redução na vazão do Rio Guandu, interior do estado, pode causar problemas no abastecimento. Ele não descartou a hípotese do Rio fazer racionamento de água.
"A gente ainda tem o sistema de Ribeirão das Lajes, da represa da Light, e a vazão que está se tirando em Santa Cecília. Mas se a seca continuar pelos próximos 30 dias, vamos ter problemas", disse Pezão.
São Paulo sem água
A falta de chuvas já prejudica desde o início de 2014 o estado de São Paulo. Nos seis primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros – 56,5% do índice previsto segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros. Os dados são da Sabesp.