02/01/2015 16h59 - Atualizado em 02/01/2015 16h59

Estação Cabo Branco, em João Pessoa, tem sete exposições abertas

Exposições acontecem na Torre do Mirante e na Estação das Artes.
Todas as mostras são gratuitas e são opção para as férias na capital.

Do G1 PB

Estação Cabo Branco completa quatro anos de funcionamento (Foto: Krystine Carneiro/G1)Quatro exposições estarão abertas ao público na Torre do Mirante da Estação Cabo Branco - Ciência Cultura e Artes, no bairro do Altiplano (Foto: Krystine Carneiro/G1)

Sete exposições, com entrada gratuita, poderão ser visitadas nesta temporada de férias em João Pessoa, todas elas estarão abertas ao público na Estação Cabo Branco - Ciência Cultura e Artes, no bairro do Altiplano, Zona Sul da capital. Quatro exposições poderão ser vistas na Torre do Mirante e outras três na Estação das Artes. A visitação acontece de terça a sexta-feira, das 9h às 21h. Sábados, domingos e feriados das 10h às 21h.

Na Torre do Mirante, os visitantes poderão ver as exposições  'África', 'Entre dois Mundos', 'Penha: Entre redes e Promessas' e 'Mar: Oceano de Sonhos e Histórias'.

Na exposição 'África', o público vai poder ver 70 imagens que fazem parte das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra. As fotos revelam o cotidiano dos moradores da Libéria e Guiné, um local difícil, onde começa a tríplice fronteira desses países com a Serra Leoa e termina na tríplice fronteira com a Costa do Marfim (monte Richard-Molard).

No mesmo local, a exposição 'Entre dois Mundos' retrata alguns desenhos feitos pela artista Amanda Miranda, de 24 anos. Amanda tem Síndrome de Down e durante toda a vida teve o acompanhamento de diversos profissionais, que a ajudaram na sua caminhada artística.  No decorrer de sua infância, ela fez natação, dança, desfilou para algumas grifes e atualmente se dedica ao violino e pintura.

'Penha: Entre Redes e Promessas', é uma parceria da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Paraíba (Iphan-PB), por meio da sua Casa do Patrimônio e Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Nela o visitante vai encontrar imagens, fotografias, fontes documentais (jornais e livros), fontes orais, por meio da exibição de entrevistas com moradores da região e outras pessoas que estarão sendo exibidas nas televisões instaladas no local.

A exposição é complementada com o olhar sobre o bairro, a partir da perspectiva de artistas pessoenses e trabalhos de alunos da Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto, que produziram obras em diferentes estilos e técnicas, mostrando aspectos e detalhes do seu cotidiano e de seu patrimônio.

A temática apresentada em 'Mar: Oceano de Sonhos e Histórias' possui como foco principal a paisagem marinha e os elementos que dela fazem parte. Dentro do conjunto das obras, poderemos encontrar pinturas em óleo sobre tela, desenhos e objetos como pedaços de cordas descartados pelos pescadores, pedaços de madeira que já fizeram parte de alguma embarcação, coletados na praia da Ponta do Seixas e Penha e que dizem respeito ao mundo dos pescadores e barcos, sonhos e centenas de histórias.

O mar, fonte de inspiração e de sonhos, é o tema da exposição 'Mar; Oceano de Sonhos e Histórias', a qual a artista navega entre as várias nuances da paisagem marítima, em especial nas do pequeno universo entre a Ponta do Seixas e a praia da Penha com sua cultura e história, barcos e jangadas artesanais, objetos de pesca, além da paisagem em si com suas falésias, vegetação, ondas, espumas, pedras, areia e outros elementos da natureza.

Estação das Artes
Já na Estação das Artes, as exposições 'Em Transito', do fotografo Paulo Rossi, a 'Mostra Nordeste de Artes Visuais' e a exposição 'La Grand Serpiente' permanecem no local até o dia 1º de fevereiro.

A exposição 'Em Transito' é um verdadeiro transitar pelos aeroportos e por aviões.  As fotografias expostas retratam lugares de passagem, lugares para não ficar transitados por muitos, são lugares que não pertencem a ninguém. Paulo Rossi vem fotografando há quase três anos o estar em trânsito nos interiores de aviões e aeroportos com uma câmera compacta.

A mostra 'La Gran Serpiente', da artista Beta Ferralc, captura, através do seu olhar interior, uma serpente que apenas se pode ver através de um véu. A serpente, representada em movimento cíclico e contínuo, circula entre horizontes, e desenha marcas que, ao estarem superpostas, ocultam e ao mesmo tempo aumentam as possibilidades de leitura da obra.

A exposição da pernambucana trata-se de uma representação pictórica que questiona a vida mesmo. Beta passeia pela criação do homem e faz suas obras baseada nas mutações da humanidade, com seus descobrimentos científicos, horizontes e longevidade.

A 'Mostra Nordeste de Artes Visuais', que possui curadoria do professor do Mestrado em Artes Visuais da UFPE e UFPB, José Rufino, visa à contribuição para a circulação da produção em Artes Visuais no Nordeste e a busca pelo caráter questionador das expressões artísticas impulsionar o nascimento da Mostra Nordeste de Artes Visuais.

De acordo com José Rufino, o elo entre os nomes selecionados é um paradoxo artístico: eles possuem em comum o fato de serem nordestinos, ao mesmo tempo em que suas produções não se limitam às questões regionais.

“A mostra possui um direcionamento semelhante ao ambiente globalizado em que vivemos. Comparando com as décadas anteriores, possuímos um cenário mais prolífico graças à tecnologia atual, que permitiu uma maior interação entre artistas, público e pesquisadores”, afirma.
 

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