Série ASérie BEuropa

- Atualizado em

Cristóvão diz que Flu esteve abaixo e concorda com vaias: "Eu reclamaria"

Mesmo com derrota por 4 a 1 para Chapecoense e continuidade no sétimo lugar, treinador mantém confiança em classificação para a Libertadores

Por Rio de Janeiro

 


Cristóvão Borges fez uma análise franca da derrota por 4 a 1 sofrida, em pleno Maracanã, para a Chapecoense. Ao admitir a má atuação do Fluminense, definida como abaixo do normal, o treinador disse concordar com as vaias da torcida. A péssima noite de quinta-feira, porém, não o impediu de ainda confiar na classificação à Libertadores.  (veja os melhores momentos acima)

O clima na sala de entrevistas do estádio foi bem diferente do encontrado no vestiário. Se no contato com os jogadores o comandante preferiu falar pouco, teve de responder a muitas perguntas dos jornalistas. A primeira foi sobre os motivos da má jornada contra um time que luta contra o rebaixamento: 

- A Chapecoense, a gente sabia, viria jogar com marcação forte e atacando no contragolpe em velocidade. Mas tínhamos de buscar o resultado. Sabíamos que iríamos correr riscos. Não imaginávamos dessa forma. Marcaram nossas principais jogadas. Tiveram êxito. Tivemos dificuldade de saída de bola e de movimentação. Não jogamos pelos lados. Fomos muito abaixo do normal. 

Ao final dos 90 minutos, o público direcionou a raiva ao treinador. Vaias e gritos de “burro” tomaram conta do estádio. 

- Quando se perde um jogo dessa forma, não pode contestar. Se eu estivesse na arquibancada, também reclamaria. A insatisfação é normal. Todos nós estamos bastante chateados. Cada um reage a sua maneira. E a torcida tem o direito – analisou o comandante. 

Com a derrota, o Flu se manteve em sétimo, com 57 pontos. Perdeu terreno na luta por vaga na Libertadores. Tem os confrontos com Sport, Corinthians e Cruzeiro ainda no Brasileirão. 

Confira a íntegra da coletiva:

A defesa foi mal?

Não é só a defesa. Quando ela estava bem era por causa do conjunto. Hoje não foi bem pois o conjunto não foi bem. Tentamos buscar a vitória e nos expusemos. Não imaginávamos jogar tão abaixo do que é o normal da equipe.

G-4 ainda é possível?

Ainda acredito. Há possibilidade. Matematicamente, temos condição. São três partidas. Demos demonstrações de que podemos conquistar. A equipe mostrou que pode. Ficou mais difícil, lógico, mas acreditamos bastante. 

Alteração nos tempos?

Mesmo no primeiro tempo, o time teve dificuldades. A equipe não prendia a bola no ataque. A gente tinha dificuldade de sair com a bola. Ficamos um time partido. Com as mudanças, a marcação ficou enfraquecida, especialmente nos lados. 

Bons resultados contra time grandes, maus contra pequenos...

São coincidências. Tem outras equipes que estão embaixo que conseguimos ganhar. Nesse momento, seria importante vencer, pois a vitória nos deixaria próximo do G-4, é uma derrota muito forte. A equipe estava ganhando confiança. Cinco vitórias nos últimos sete jogos...

Wagner faz falta?

Jogou a maioria das partidas, atua junto com os companheiros faz tempo. Há entrosamento. Sentimos. 

Compara esta derrota à eliminação ao América-RN na Copa do Brasil?

Não, é difícil comparar. São situações tristes. Não dá para imaginar ou prever que isso vai acontecer. É triste da mesma forma. 

O que dizer aos jogadores?

Não dá para dar muita explicação. Se passaria o dia todo procurando e talvez nem se acharia. Elas anularam as nossas jogadas. Marcaram. Tiraram o nosso potencial de jogo. Com isso, o jogo rápido de contragolpe nos envolveu totalmente.

Como estava o vestiário?

Neste momento, não se pode falar muito. Mas conversei com todos. Está todo mundo abatido, muito triste. Todos nós sabemos que ficamos longe do potencial da equipe. A conversa é rápida, agora, mas depois se fala mais. É hora de refletir.