Os quase 30 mil torcedores do Fluminense que foram ao Maracanã chegaram otimistas em colar no G-4 e saíram decepcionados ao ver o sonho da Libertadores mais distante. Mais do que isso, a revolta foi tamanha a ponto de virar ironia. A inesperada goleada sofrida por 4 a 1 para a Chapecoense teve um protesto diferente do público, com direito a vaias para seu gol, em jogo que nada deu certo para os comandados de Cristóvão Borges. A defesa bateu cabeça, Fred perdeu o duelo particular com o goleiro Danilo, e Rafael Sobis ficou na bronca por causa de um gol anulado, um pedido de pênalti não marcado e pela sua substituição. Ainda teve tempo para uma discussão no fim, entre Marlon e Leandro, em noite para todo tricolor esquecer.
Ironia da torcida
A torcida do Fluminense foi participativa no Maracanã. Cantou no primeiro tempo para empurrar o time, pegou no pé de Chiquinho, pediu a entrada de Carlinhos... E também ficou em silêncio. Foi na metade da etapa final, num momento que precedeu a ironia. Quando o placar já estava 4 a 0 para a Chapecoense, Rafael Lima fez gol contra, e a reação na arquibancada foi a vaia. Logo depois, nos acréscimos, gritos de "olé" para troca de passes do adversário, o que revoltou Fred.
Sobis na bronca
Sem marcar há 24 jogos - seu último gol foi na vitória por 5 a 2 sobre o São Paulo, em maio -, Rafael Sobis esteve perto de encerrar seu jejum contra a Chapecoense. Mas ficou na bronca: com o gol anulado após impedimento de Cícero; com a arbitragem ao pedir um pênalti não assinalado em dividida com Danilo; e com o técnico Cristóvão Borges ao ser substituído por Kenedy aos 27 do segundo tempo. Tanto que sequer voltou para o banco de reservas e assistiu aos minutos finais com cara de poucos amigos, atrás de uma placa de publicidade ao fundo da meta defendida por Cavalieri.
Fred X Danilo
O jogo teve um duelo particular entre Fred e Danilo. E quem saiu
vencedor desse confronto foi o goleiro da Chapecoense. Em duas
finalizações do centroavante, o camisa 1 fez milagres e salvou o time
catarinense quando o placar ainda estava longe de ser elástico. No
primeiro tempo, buscou com a mão direita o chute cruzado, e na etapa
final voou com a esquerda para impedir que a cabeçada terminasse
na rede.
Falhas defensivas
A defesa tricolor bateu cabeça e teve contribuição no placar elástico. Principalmente pelo primeiro gol, que desencadeou um apagão no time. Numa bola simples de ser afastada na área, Guilherme Mattis e Edson se desentenderam. O zagueiro chutou em cima do volante, e a bola sobrou à
feição para Bruno Silva fazer 1 a 0. Antes disso, no primeiro tempo, Camilo também poderia ter aberto o marcador após um erro de Jean.
nervos à flor da pele
O Fluminense caiu na pilha. Após de levar o primeiro gol, sofreu um apagão. E depois ficou com or nervos à flor da pele. Quando já estava perdendo por três, Marlon se desentendeu com o atacante Leandro, e os dois chegaram a discutir asperamente em campo. O árbitro precisou intervir, afastar os dois e acalmar os ânimos.