Se
o objetivo foi alcançado e o Cruzeiro conseguiu avançar para as
semifinais da Copa do Brasil, a forma como a equipe obteve a
classificação, com derrota para o ABC por 3 a 2 (confira os melhores momentos da partida no vídeo ao lado), de virada, não agradou ao técnico Marcelo Oliveira. Depois de abrir 2 a
0 no placar, no primeiro tempo, a Raposa cedeu a virada para a equipe
potiguar no segundo tempo e passou momentos de sufoco na Arena das Dunas, em Natal. Se levasse mais um, a vaga iria para o adversário.
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Penso que fizemos um primeiro tempo bom, não excelente, mas bom, muito
efetivo. Tivemos oportunidades e fizemos os gols. Demos duas chances
para o adversário, que
começou o jogo muito empolgado. Poderia dizer aqui que tivemos um
pênalti, que eles tiveram um pênalti que estava impedido, e que o
árbitro aboliu as faltas. Mas fomos muito mal no segundo tempo, deixamos
de jogar, fomos um time imaturo. Temos que ter um controle
maior da partida, não dar tantas oportunidades.
Segundo
o treinador, apesar de o Cruzeiro ter deixado o campo
com a classificação para as semifinais, o ambiente no vestiário não foi
de festa.
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Apesar da classificação, foi um vestiário meio triste, de cobranças
também. Por tudo que o Cruzeiro está fazendo, com todo respeito ao ABC,
não podemos passar um
sufoco desses num jogo tão importante de Copa do Brasil.
Sobre
o que fazer para o Cruzeiro voltar a jogar o futebol que o fez ser
líder do Campeonato Brasileiro, Marcelo Oliveira não quis usar
desculpas, mas disse que o
pouco tempo para treinar a equipe, principalmente com a saída de atletas
importantes, por contusões e convocações para a Seleção, tem sido
determinante para a queda de produção.
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Não temos treinado, pois não dá tempo para treinar. Fizemos um treino
de posicionamento, para jogar de forma diferente. Os times brasileiros
não treinam, e pode
acontecer qualquer resultado nos jogos. Não é desculpa. É uma situação
vivida por todos os técnicos. Você faz mudanças por contusões, por
convocações para a Seleção, e não treina o time. Os treinos são nos
jogos, e eu não posso parar para acertar o time e orientar.
Não justifica um segundo tempo tão ruim. Temos que apertar agora, pois,
se jogarmos assim na Bahia (contra o Vitória), teremos muitos problemas.
O tempo é curto, mas vamos nos organizar melhor e ter uma entrega
maior, com mais personalidade.