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África do Sul envia Exército a Johannesburgo para conter violência contra imigrantes

Sete pessoas foram mortas nas últimas semanas em ataques contra estrangeiros
Manifestantes protestam contra xenofobia em frente a um tribunal em Johannesburgo onde quatro homens são acusados de matar um moçambicano Foto: MIKE HUTCHINGS / REUTERS
Manifestantes protestam contra xenofobia em frente a um tribunal em Johannesburgo onde quatro homens são acusados de matar um moçambicano Foto: MIKE HUTCHINGS / REUTERS

JOHANNESBURGO — A África do Sul enviou o Exército para o distrito de Alexandra, na maior cidade comercial do país de Johannesburgo, informou nesta terça-feira a ministro da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula.

Mapisa-Nqakula disse que um casal do Zimbábue foi baleado no distrito na segunda-feira à noite. Um cidadão moçambicano também foi morto na área no sábado, na mais recente onda de violência anti-imigrante que já provocou sete mortos.

Mais de 300 pessoas foram detidas por envolvimento nos ataques contra estrangeiros provenientes de outras regiões do continente.

O ministro do Interior, Malusi Gigaba, alertou os responsáveis pelos ataques, afirmando que eles serão submetidos “a todo o poder da lei”.

Grupos armados de 20 a 30 pessoas têm incendiado e saqueado pequenas lojas de propriedade de imigrantes. Eles reclamam que os estrangeiros estão roubando os empregos dos sul-africanos nativos.

Até agora, devido ao surto de xenofobia, milhares de estrangeiros já fugiram de suas casas para se abrigar em acampamentos improvisados.