Exame ganhou nova versão (Foto: Getty Images)

Aquele teste que costumamos ver em filmes e fotos, no qual um atleta corre na esteira ou pedala em uma bicicleta respirando com uma máscara no rosto e eletrodos no tórax, registrando o eletrocardiograma, se chama ergoespirometria. Recentemente, ele ganhou uma versão mais aplicada para os corredores e ciclistas.

Trata-se de um exame no qual o objetivo continua sendo o diagnóstico através de um teste de esforço para avaliação cardiológica, mas que contempla a avaliação física de uma forma mais aplicada. Ao invés de apresentar  uma série de gráficos complicados e de pouca aplicação prática, o exame origina um laudo com informações capazes de proporcionar ao corredor ou ciclista, e a seu técnico, dados de orientação prática para o treinamento e até um prognóstico de desempenho em provas.

O exame precisa submeter o indivíduo a velocidades de corrida ou ritmo de pedalada na bicicleta dentro da zona de intensidade na qual o atleta costuma treinar ou competir. O importante é que seja proporcionado um período de tempo em cada velocidade que permita que se estabeleça a chamada fase estável de esforço, o que requer pelo menos cinco minutos, ao invés de manter somente um minuto em cada estágio, como os protocolos convencionais costumam estabelecer. Este período de cinco minutos deve ser aplicado em pelo menos três velocidades, para que se possa elaborar um laudo com aplicação prática adequada.

Com esta metodologia, o exame proporciona as seguintes informações:
- Velocidade de corrida, frequência cardíaca e gasto calórico adequados para os seguintes objetivos:
1- Intensidade que proporcione maior tolerância para provas de longa duração e que potencialize a queima de gordura.
2- Intensidade adequada para provas mais curtas como 5k e 10k, que represente a intensidade com maior efeito de condicionamento

Abaixo podemos observar um exemplo de um laudo de um exame de um corredor realizado com esta metodologia, que tem sido uma tendência nas clínicas que oferecem este teste:

ORIENTAÇÕES APÓS A AVALIAÇÃO

A zona de treinamento aeróbico situa-se entre 10 e 12 km/h.
A faixa de frequência cardíaca de treino entre 150 e 163 bpm.
Para provas mais longas e maior eficiência na utilização de gordura, é recomendável manter a frequência cardíaca mais próxima de 150 bpm e velocidade de 10km/h.
Para provas mais curtas e maior efetividade de condicionamento aeróbico, é recomendável manter a frequência cardíaca mais próxima de 163 bpm e velocidade de 12km/h.
O gasto calórico da zona de treinamento está entre 450 e 660 calorias por hora de corrida.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

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