Rochas com 1 bilhão de anos e outras curiosidades no caminho das obras da Linha 4

Mais de 200 mil peças dos séculos XVII, XVIII e XIX foram encontradas no sítio arqueológico da Leopoldina, onde estão as aduelas de concreto. Ali, funcionava o Matadouro Imperial e uma área de descarte próxima ao Palácio Imperial, da Quinta. Entre os objetos, há um anel, um alfinete de gravata, ambos de ouro, porcelanas, cachimbos e cerâmica alemã.

Desde o início da obra, 1.078 estrangeiros entraram nos túneis na Linha 4 e visitaram os canteiros das futuras estações, entre eles, americanos, japoneses, mexicanos, franceses, chineses, noruegueses e quenianos. O último grupo veio da universidade alemã de Ciências Aplicadas Konstanz (HTWG).

Serão ao todo 2.754 anéis de concreto, as chamadas aduelas que formarão os túneis entre Ipanema e Gávea. Cada anel tem oito segmentos e pesa 62 toneladas. A capacidade de produção das aduelas chegou a 13 anéis por dia, em “sistema de carrossel”, processo semelhante a uma linha de montagem de automóveis.

Um trecho de 5 Km forma o bitúnel entre Barra e São Conrado. Ele foi construído debaixo de 840 metros de rocha, a Pedra da Gávea. Para abri-lo, foram usados 1.638,50 toneladas de explosivos. No total, foram escavados mais de 9.300 metros de túnel entre Barra e Gávea.

Por causa do lençol freático a apenas dois metros da superfície, mais de 400 bombas hidráulicas fazem o trabalho no canteiro de obras da Estação Jardim Oceânico, na Barra. Uma manta impermeabilizante reveste a estação. Com o fim das obras, as bombas serão desligadas e o lençol freático voltará a subir, sem impactar a construção.