Copa das Copas. O termo ufanista tornou-se um chavão quando se fala do Mundial realizado no Brasil em 2014. Após meses de desconfiança da Fifa, dos estrangeiros e dos próprios brasileiros, era até natural que o orgulho pelo evento bem-sucedido ganhasse proporções além da medida. Exageros à parte, não há dúvidas de que a competição foi repleta de atrativos, principalmente em campo. Se a seleção brasileira decepcionou a torcida, os jogos em geral foram ricos em emoção, bem servidos de gols e com adrenalina até os últimos instantes. O título, inclusive, foi decidido em uma prorrogação, com vitória da Alemanha sobre a Argentina já no segundo tempo complementar.
Mesmo quando a bola não rolou houve muito assunto. Jogadores se deixaram levar pelos encantos naturais do Brasil, aproveitaram as praias e se tornaram fenômenos nas redes sociais. Assim, conseguiram cativar a simpatia dos torcedores locais. Por outro lado, nem mesmo a organização “padrão Fifa” conseguiu evitar problemas estruturais brasileiros e a ação de cambistas, desmascarados em uma operação policial que revelou a influência dos mais altos escalões.
a copa das copas dentro de campo
O ponto alto da Copa foi dentro de campo. Não faltou emoção nos gramados das 12 sedes. A Copa do Mundo foi pródiga em goleadas, resultados surpreendentes e emoção até o minuto final em muitas partidas. A média de 2,7 gols por partida superou a da Copa da África do Sul. Desta vez, a principal zebra foi a Costa Rica, que chegou às quartas de final após sobreviver a um grupo com três campeões mundiais – Itália, Uruguai e Inglaterra – sem perder para nenhum deles. A eliminação ocorreu somente com derrota nos pênaltis para a Holanda, após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.
Campeã mundial em 2010, a Espanha fez uma campanha para ser esquecida. A derrota por 5 a 1 para a Holanda na estreia foi uma espécie de cartão de visitas para o que viria a seguir. A eliminação foi decretada após a derrota por 2 a 0 para o Chile, no Maracanã, na segunda rodada, e nem mesmo uma vitória por 3 a 0 sobre a Austrália amenizou a despedida da Roja.
As oitavas de final foram marcadas pela emoção nos últimos minutos. Dos oito confrontos, dois foram decididos nos pênaltis e outros três terminaram na prorrogação. Os Estados Unidos, eliminados pela Bélgica no tempo extra, voltaram para casa com recordes de público e popularidade do "soccer" em alta. A Argentina passou no tempo normal, mas só marcou o gol da vitória sobre a Suíça nos minutos finais, quando tudo indicava que haveria disputa de pênaltis. Já a Holanda se classificou para as quartas marcando um gol de pênalti no último lance dos acréscimos, evitando que houvesse mais 30 minutos de tempo extra.
Fora os 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil, as quartas e semifinais foram escassas em termos de gols, mas não em emoção. A Holanda, por exemplo, precisou decidir seu destino duas vezes nos pênaltis após empatar em 0 a 0 em 120 minutos. Contra a Costa Rica, o fato marcante foi a entrada do segundo goleiro reserva, Krul, exclusivamente para a disputa de pênaltis. Com duas defesas, garantiu a seleção laranja na semifinal. No entanto, na semifinal a estratégia do técnico Louis Van Gaal não foi repetida, e a Argentina levou a melhor, com o goleiro Romero sendo o destaque. Na decisão, o placar também permaneceu intacto no tempo normal. Coube ao jovem Mario Götze balançar a rede e selar o tetracampeonato alemão.
operação 'jules rimet' prende cambistas
Em uma competição considerada modelo de organização e na qual as vendas foram feitas exclusivamente pela internet, via site da Fifa, os cambistas foram muitos. A Copa do Mundo do Brasil ficou marcada pela revelação de um grande esquema de venda ilegal de ingressos. A operação “Jules Rimet”, da Polícia Civil, prendeu no Rio de Janeiro o franco-argelino Lamine Fofana, que circulava em um carro com adesivo de acesso da Fifa e adquiria bilhetes VIPs para venda por um valor muito acima do estabelecido oficialmente.
Alguns dias depois, a polícia prendeu Raymond Whelan, diretor da empresa Match Services, que, por meio de contrato com a Fifa, era responsável pela venda de ingressos e pacotes de luxo para os 64 jogos da Copa do Mundo. As autoridades policiais o identificaram como o elo facilitador de um esquema de venda ilegal de ingressos. A Match, em nota, afirmou não ver indícios de ilegalidade na ação de seu diretor. A Fifa, por meio de sua porta-voz, preferiu distanciar a entidade do problema.
- Estamos esperando o fim das investigações, precisamos do resultado, do que exatamente aconteceu, para aí podermos comentar e tomar uma decisão. Recebemos explicações da Match, mas não posso comentar qualquer detalhe até que as autoridades nos forneçam mais informações. Qualquer violação será sancionada, mas precisamos aguardar - afirmou a porta-voz Delia Fischer.
Mas na última quarta-feira, a Justiça atendeu a uma denúncia do Ministério Público e determinou novamente a prisão de Raymond Whelan. Entretanto, o inglês deixou o hotel onde estava hospedado, em Copacabana, pouco tempo antes da chegada da polícia e passou a ser considerado foragido. Na segunda, um dia após a final, ele se entregou e está preso.
Mas antes mesmo do escândalo envolvendo altos escalões, os cambistas “comuns” já agiam nas cidades sedes da Copa do Mundo. Uma reportagem do “Fantástico” mostrou que um sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro negociava, dentro de um quartel, ingressos para os jogos da competição a preços muito acima dos praticados oficialmente pela Fifa. Nos arredores dos centros de distribuição de ingressos também era possível ver a ação de cambistas, assim como perto dos estádios nos dias das partidas.
estádios passam no teste, mas apresentam falhas
Os 12
estádios da Copa passaram no teste geral, mas apresentaram problemas diversos
do primeiro ao último jogo que receberam. Os mais comuns foram as grandes filas
nos bares, tanto antes das partidas quanto nos intervalos – uma causa
recorrente foi a dificuldade dos atendentes em se comunicarem com os
consumidores estrangeiros. Em algumas sedes, como São Paulo, Natal, Pernambuco e Salvador,
faltaram comida e bebida em alguns pontos de venda. Na capital baiana, a falta
de troco foi a justificativa apresentada por funcionários para o atraso na
abertura das lanchonetes no jogo de estreia entre Espanha e Holanda.
Os
banheiros também foram motivo de reclamação em várias das cidades da Copa. Além
das grandes filas, a limpeza deixou a desejar em alguns estádios. Na Arena
Pernambuco, a manutenção demorada permitiu acúmulo de papéis e poças pelo chão.
No quesito “banheiros”, o caso mais curioso ocorreu em Curitiba. Na Arena da
Baixada havia um banheiro masculino com dois vasos sanitários.
O estádio
paranaense e a Arena das Dunas foram as sedes que apresentaram problemas de
planejamento estrutural com pontos cegos nas arquibancadas. Em Natal, os assentos
com visão bloqueada por um dos camarotes faziam parte da estrutura móvel do
estádio e, segundo o Comitê Organizador Local, não foram comercializados. O
mesmo não aconteceu em Curitiba. Na capital paranaense, os torcedores das
últimas fileiras do bloco 121 só tinham visão desimpedida da lateral do gramado
e precisavam reclamar com funcionários para que lhes fossem dados ingressos em
outras posições.
Na Arena
Corinthians, torcedores que pagaram ingressos da categoria mais cara chegaram a
sentar no chão no confronto entre Brasil e Croácia, na abertura da Copa. Os
bilhetes que eles compraram indicavam uma fileira sem assentos e que, segundo a
Fifa, não deveria ter sido vendida. Eles foram realocados antes do início da
partida. Com a bola rolando, o estádio apresentou outra falha, desta vez na
iluminação. Os refletores do setor leste se apagaram por volta dos 15 minutos
do primeiro tempo e voltaram ao normal cerca de seis minutos depois.
Em Manaus,
várias áreas em que havia circulação apenas de funcionários e jornalistas
sofriam com acúmulo de entulho e desnivelamentos perigosos. Mas o que causou
pânico entre os trabalhadores do local foi um elevador. Localizado no térreo, em frente à sala dos serviços de limpeza e bem
perto da entrada para a tribuna de imprensa, ele sofreu panes e causou desmaios
e até uma contusão no joelho de um rapaz.
Se a Arena
Pantanal sofreu com goteiras em alguns pontos, a sala de imprensa da Arena das Dunas sofreu um alagamento quando um cano estourou. A
água que vazou ficou concentrada na lona de cobertura do centro de mídia, que
não suportou e escorreu pelas pilastras, atingindo mesas de trabalho e fiação.
Apesar do susto, os funcionários e voluntários controlaram o incidente em pouco
mais de cinco minutos.
Na Arena
Beira-Rio, o duelo entre França e Honduras ficou marcado por uma quebra de
protocolo. O rompimento de um cabo de energia desarmou o sistema de som do
estádio, e os hinos das duas equipes não foram executados. No Castelão, o
fornecimento de internet para a imprensa é que deixou a desejar. O Wi-Fi não
comportou a grande demanda dos profissionais, principalmente nos jogos do
Brasil, com maior apelo de mídia.
Ainda
durante a fase de grupos, os gramados de vários estádios apresentaram um
visível desgaste. Para preservá-los para as partidas, muitos treinamentos da
véspera dos jogos, que deveriam servir como reconhecimento do campo, foram
transferidos para outros centros oficiais de treinamento. O português Carlos
Queiroz, que comandou o Irã na Copa, não poupou críticas e disse que o gramado
da Fonte Nova estava pior que o do Mineirão, onde já não havia treinado às
vésperas do confronto com a Argentina.
invasões mostram fragilidade da segurança
Torcedores,
jornalistas e até atletas foram vítimas de falhas nos esquemas de segurança
durante a Copa. Apesar de contar com forças das Polícias Federal, Militar e
mais de 25 mil seguranças privados, chamados de “stewards”, além do apoio da
Polícia Rodoviária Federal nos comboios montados para os deslocamentos, houve
episódios graves dentro e fora dos estádios, nos treinamentos e até nos hotéis
que hospedaram as seleções.
Durante as partidas,
houve invasões de campo na Arena Fonte Nova, no Mineirão, no Castelão, na
Arena Pantanal e até na final no Maracanã. No caso mais emblemático, o italiano Mario Ferri entrou no
estádio baiano como cadeirante e, na área reservada aos portadores de
necessidades especiais, aguardou o momento mais oportuno para descer até o
campo durante o confronto entre Bélgica e Estados Unidos. Ele passeou pelo
gramado, cumprimentou o belga Hazar e driblou De Bruyne, que pedia para ele
sair de campo. Depois de ser detido, ele revelou que pretendia ter invadido o
campo no Mané Garrincha, mas que não encontrou brechas.
Nos
treinamentos, as invasões de torcedores foram ainda mais numerosas. Enquanto
vários fãs foram contidos pelos seguranças antes de atingirem seus objetivos,
outros tiveram melhor sorte. Em um treino da França em Ribeirão Preto, um rapaz
causou um “strike” entre dois seguranças ao tentar alcançar os jogadores. Na
Granja Comary, um menino ganhou uma camisa autografada do zagueiro David Luiz,
enquanto outro posou para foto com vários atletas no campo.
Entre as
seleções estrangeiras, Portugal foi uma das mais assediadas devido à presença
de Cristiano Ronaldo. Em Campinas, uma das fãs que tentou pular a grade da
arquibancada sofreu um trauma na cabeça e foi levada ao hospital, enquanto
outra, mesmo tendo rasgado a calça, conseguiu abraçar o ídolo. O episódio que
expôs a maior falha na segurança do luso, porém, ocorreu em Brasília. Um
estudante de 15 anos conseguiu entrar no quarto do craque pela parte alta do
hotel.
Nos
estádios, o episódio mais grave ocorreu no Maracanã, palco da final da Copa.
Cerca de uma hora antes do confronto entre Espanha e Chile, válido pela
primeira fase, mais de 100 torcedores sem ingresso invadiram o centro de mídia
e quebraram divisórias e o portão de acesso ao local, causando muita correria e
tumulto. No duelo entre Argentina e Bósnia-Herzegovina, torcedores
sul-americanos foram flagrados pulando um muro e abrindo o portão do setor D
para entrarem sem ingressos.
No
Castelão, três brasileiros admitiram que subornaram um funcionário credenciado
para entrarem no estádio sem pagar. Eles afirmam que pagaram R$ 500 reais cada
para usarem um colete de vendedor de água e burlar a segurança no confronto
entre Brasil e México.
As
deficiências nas revistas dos torcedores ficaram evidentes principalmente na
Arena Pantanal e na Arena da Baixada. No primeiro jogo em Cuiabá, torcedores
soltaram rojões durante o confronto entre Chile e Austrália. No estádio
paranaense, a torcida da Argélia acendeu sinalizadores e usou lasers – o que
acarretou uma multa de 50 mil francos suíços
(cerca de R$ 124 mil) para a Federação do país.
Se a segurança dentro dos estádios
apresentou falhas, os problemas também se deram nas cercanias. Em Fortaleza, mais
de 100 torcedores tiveram ingressos roubados dentro do perímetro Fifa antes do
confronto entre Brasil e Colômbia pelas quartas de final – alguns foram
recuperados com a detenção dos bandidos, e os torcedores conseguiram assistir
ao segundo tempo. Ainda na capital cearense, quatro mexicanos foram presos por
agredirem um brasileiro após verem sua seleção ser eliminada pela Holanda nas
oitavas de final.
Com medo de qualquer abordagem
indevida a sua delegação, os Estados Unidos tomaram uma série de providências
para garantir a segurança do grupo. Em todos os hotéis pelos quais a equipe
passou foram utilizados detectores de metais e houve rígido controle de entrada
e saída dos prédios, sempre com agentes do FBI à paisana. Em um episódio
curioso, os americanos fizeram um treino secreto até para a polícia brasileira,
dispensada da segurança dentro do estádio de Pituaçu, onde a equipe se preparou
para as oitavas de final contra a Bélgica.
Durante o Mundial, houve duas mortes de jornalistas argentinos que trabalhavam na cobertura de imprensa. Ambas foram em acidentes de trânsito. Maria Soledad Fernández, de 26 anos, faleceu após o motorista do carro em que estava perder o controle do veículo em viagem entre São Paulo e Belo Horizonte. Jorge "Topo" López, de 38 anos, morreu quanto o táxi em que estava foi atingido por um veículo ocupado por bandidos em fuga da Polícia Militar.
infraestrutura prometida não fica pronta
Apesar do
temor da Fifa e das autoridades, todos os estádios ficaram prontos dentro do
prazo limite, ainda que pecassem no acabamento ou apresentassem pequenas
falhas. O mesmo não se pode dizer das obras de infraestrutura prometidas pelas
autoridades brasileiras. Com o fechamento das vias próximas aos estádios para a
demarcação do “perímetro Fifa”, várias cidades sofreram com engarrafamentos nos
dias de jogos.
Na lista de
obras não entregues, uma causou um grave acidente em Minas Gerais. Cinco dias
antes de o Mineirão receber a semifinal entre Brasil e Alemanha, um viaduto que
seria inaugurado ainda este mês desabou na Avenida Pedro I, esmagando
caminhões, um carro e um micro-ônibus. Houve uma vítima fatal e mais de 20
feridos. A rota é uma das vias de acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo
Neves, em Confins, e times como a Argentina haviam transitado pelo local ao
longo da Copa.
Em
Cuiabá, um balanço feito pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa)
revelou que menos de 40% das obras prometidas para o Mundial ficaram prontas
até o dia da primeira partida. A ampliação do Aeroporto Marechal Rondon ficou
incompleta, assim como os centros de treinamento da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT) e da Barra do Pari. O metrô
de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também não foi entregue, e os
canteiros onde os trilhos seriam instalados receberam grama em uma espécie de
“maquiagem” feita pela prefeitura.
Os
hotéis no Mato Grosso também foram motivo de críticas. A delegação do
Chile disse que parte das solicitações para a hospedagem da equipe não foram
atendidas, e houve duas quedas de energia enquanto o grupo esteve em Várzea
Grande, município vizinho a Cuiabá. Uma obra em frente ao hotel em que se
hospedariam membros da Fifa deixou o local coberto de terra e poeira.
Em
Recife, o isolamento da Arena Pernambuco foi um problema. Os dois principais
acessos ao estádio (a Avenida Abdias de
Carvalho e a BR-232) engarrafaram nos dias de jogos e, com isso, torcedores precisaram percorrer longas distâncias a pé para chegarem a tempo no horário das partidas.
A iluminação
precária no acesso também foi criticada. Segundo taxistas, ladrões se
aproveitaram da combinação entre trânsito e escuridão para cometer assaltos.
simpatia brasileira e carisma estrangeiro
Característica
marcante dos brasileiros, a hospitalidade fez com que estrangeiros se sentissem
em casa durante o Mundial. No lugar do temor pelas manifestações que marcaram a
Copa das Confederações, os visitantes encontraram muita receptividade e
simpatia. Até o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, comentou sua boa impressão
em relação aos anfitriões.
- Eu estive
aqui em 1996, em São Paulo, quando o Ajax jogou um amistoso. E voltei um ano
atrás na Copa das Confederações. E fiquei impressionado como o povo brasileiro
é tão amigável e gentil. Fui sempre bem tratado quando estive no Brasil. Vi as
manifestações no ano passado. Mas este ano não vi nenhuma. Elas não
atrapalharam. Sempre que os jogadores saíram, foram à praia, o povo brasileiro
foi incrivelmente gentil. Gostaria muito de falar isso. Não tenho nenhuma
crítica com a organização da Copa no Brasil. Tudo aconteceu muito bem. Os
menores detalhes foram bem organizados e preparados. Gostaria de agradecer a
todos. Foi uma Copa muito bem organizada.
Além do
terceiro lugar no Mundial, os holandeses conquistaram a simpatia dos cariocas.
Com o Rio de Janeiro como base, a equipe laranja fez turismo nos cartões
postais da cidade, não se privou de passeios na praia e mergulhos no mar e
se arriscou em esportes como o frescobol – sempre atendendo aos pedidos dos
fãs. Entre as quartas e as semifinais, alguns atletas visitaram o morro Dona Marta, em Botafogo, e até pintaram muros de laranja.
A seleção
queridinha do público, no entanto, foi a Alemanha. A aproximação com os
brasileiros veio de diversas formas, fosse através da estratégia de marketing
ao adotar um uniforme vermelho e preto - inspirado na camisa do Flamengo, ou espontaneamente, no contato diário
com a população de Santa Cruz Cabrália, onde ficava o quartel general dos
futuros campeões. Os comandados de Joaquim Löw dançaram com índios (relembre no vídeo ao lado), cantaram o
hino do Bahia, brincaram de briga de galo no mar e atenderam aos fãs sempre com
atenção e carinho.
No mundo virtual, o grupo também brilhou sob o
comando de Schweinsteiger e Podolski. Mesmo quase sem jogar a Copa devido a uma
lesão, o atacante tornou-se um fenômeno de popularidade na web. O conteúdo
publicado variou desde selfies com a chanceler Angela Merkel a mensagens de consolo e respeito ao Brasil após a eliminação da
Seleção. Com publicações em português, feitas com a ajuda de um amigo
brasileiro, Podolski conquistou de vez a torcida verde e amarela. Na despedida do país, aproveitou para deixar os torcedores do Flamengo felizes ao vestir a camisa do do clube carioca no dia seguinte ao título mundial alemão.