O americano Joe, que se assustou com os maisde 100 pedidos de amizade no Facebook
(Foto: Joe Bauman/Arquivo pessoal)
Os estrangeiros que listaram o que acharam de mais curioso no Brasil em uma reportagem do G1 na última semana se surpreenderam com a repercussão de seus depoimentos entre os brasileiros – e principalmente, entre as brasileiras.
Vários deles relatam ter recebido dezenas e até centenas de convites de amizade nas redes sociais, enviados por pessoas desconhecidas – a grande maioria, mulheres.
"Os pedidos não param de aparecer. Quando cheguei do trabalho e entrei no Facebook, havia mais de cem", contou o americano Joe Bauman, que na reportagem fez observações sobre a farofa (que, no início, ele achou que parecia "areia na comida") e sobre a presença de empregadas domésticas em famílias de classe média ("nos EUA, só os ricos têm", comparou).
Joe também afirmou em seu depoimento que gostou tanto das brasileiras que pensava em voltar um dia ao país para encontrar sua futura mulher. Mas o assédio foi tanto que ele ficou assustado e recusou todos os pedidos de amizade. "Achei um pouco estranho. São garotas demais, não aceitei ninguém", disse.
Já o canadense Florent Garnerot, que recebeu 58 convites de desconhecidas, revelou que aceitou alguns. Ele recebeu perguntas como "Você ainda está no Brasil?", "Gostou da música brasileira?" e "Você é solteiro?".
O chileno Rodrigo Escobar relatou que recebeu mensagens dizendo que ele é "lindo" e perguntando informações sobre sua vida. "São garotas demais. Estou cansado de contar tudo de novo. Preciso de um clone", brincou ele, após receber mais de cem pedidos de amizade. Rodrigo contou, porém, que uma das garotas com quem passou a se corresponder após a reportagem se tornou "especial".
O canadense Kyle, que recebeu mais de 400 convitesde amizade (Foto: Kyle Dreher/Arquivo pessoal)
Recorde de convites
O recordista de procura nas redes sociais foi o canadense Kyle Dreher, que disse ter recebido em torno de 400 pedidos de amizade (90%, de mulheres). Ele aceitou poucos. "Não conheço essas pessoas!", justificou.
Quem ficou "com ciúmes" foi seu irmão, Ryan, que também esteve no Brasil durante a Copa e mandou um recado, em tom de brincadeira, para que fosse acrescentado na reportagem que Kyle tem "um irmão bonito que também quer atenção das brasileiras".
Solteiro, o chileno Richard Díaz afirmou que não se incomodou "em absoluto" com os pedidos de amizade que recebeu. "São meninas muito lindas", avaliou ele, que ainda está no Brasil e também teve convites para ir a festas. Richard acredita que pode até conhecer alguma dessas garotas pessoalmente: "Por que não?"
O perfil no Facebook do chileno Rodrigo: mais decem pedidos de amizade de desconhecidos
(Foto: Reprodução/Facebook/Rodrigo Escobar)
Comprometidos
Muitos dos estrangeiros entrevistados são solteiros, mas sobrou até para os comprometidos, mesmo aqueles que apareceram nas fotos ao lado das mulheres brasileiras. O americano George Wooley, por exemplo, disse que recebeu duas solicitações de amizade, de um homem e de uma mulher – eles não escreveram nenhuma mensagem, apenas enviaram o convite.
O inglês Daniel Lane, que também é casado com uma brasileira, afirmou que chegaram algumas solicitações de mulheres que aparentam ser muito religiosas. "Talvez por eu ter falado sobre o tema no meu depoimento." Ao G1, ele havia contado que no Brasil as pessoas são muito mais religiosas que na Inglaterra.
Também comprometido, o suíço Lukas Bärtschi aceitou apenas um dos 45 convites de amizade que recebeu: de uma garota que ele conheceu na vida real, quando estava em Jericoacoara (CE).
Brincando com o tema da reportagem, Lukas afirmou: "Esqueci de mencionar uma coisa que é muito diferente no Brasil: se você sai em uma reportagem, fica lotado de convites de amizade no Facebook. Ainda estou recebendo pedidos".