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12 de abril: os protestos pelo Brasil

12 de abril: os protestos pelo Brasil

Brasileiros voltaram às ruas neste domingo (12) para protestar contra o governo Dilma. Houve manifestações em 24 Estados e no Distrito Federal. Adesão foi menor do que no dia 15 de março

EDIÇÃO: ISABELA KIESEL, LIUCA YONAHA E MARCELO MOURA
12/04/2015 - 10h33 - Atualizado 13/04/2015 13h06
Em Brasília, manifestantes estão concentrados na Esplanada dos Ministérios (Foto: Agência Brasil)

Quase um mês depois dos protestos de 15 de março, brasileiros voltaram às ruas neste domingo (12) para participar de manifestações em todo o país. A população pediu principalmente o fim da corrupção e a saída da presidente Dilma Rousseff. Os protestos foram organizados por grupos diferentes e as convocações foram feitas principalmente pelas redes sociais.

Em todas as cidades, muitos manifestantes vestiram verde e amarelo e levaram bandeiras do Brasil aos protestos. O número de participantes deste domingo foi menor que nos atos do dia 15 de março. Houve manifestações nos 24 estados e no Distrito Federal. Reuniram mais de 680 mil pessoas, segundo a polícia, e 1,5 milhão, segundo organizadores. 

Em São Paulo, a estimativa da Polícia Militar é que 275 mil pessoas tenham participado do protesto na Avenida Paulista nesta tarde. Na primeira manifestação, a PM informou que 1 milhão estiveram no local. O Datafolha afirmou que 100 mil pessoas foram para a Paulista neste domingo. Dia 15 de março, segundo o instituto, foram 1 milhão de participantes. 

No Rio de Janeiro, a manifestação começou de manhã e terminou por volta das 15h, de forma tranquila. Houve um princípio de tumulto quando um homem que defendia o governo com um megafone foi cercado e ameaçado de agressão pelos manifestantes na Avenida Atlântica. A polícia o retirou do local. 

>> Alberto Bombig: Governo segue na UTI, mas comemora quadro estável
>> Leandro Loyola: Dilma ainda é uma presa fácil

O governo não se pronunciou sobre os protestos. No dia 15 de março, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, foram convocados para responder às críticas e anunciar medidas do governo para combater a corrupção.

À noite, a presidente Dilma usou o Facebook para afirmar que o "combate à corrupção é meta constante" do seu governo. No texto, ela diz que em março encaminhou "um conjunto de propostas ao Congresso Nacional que vão permitir maior atuação contra diferentes frentes da corrupção". "A guerra contra a corrupção deve ser, simultaneamente, uma tarefa de todas as instituições, uma ação permanente do governo e também um momento de reflexão da sociedade de afirmação de valores éticos," disse.

>> FOTOS: 12 de abril: os manifestantes pelo Brasil

Acompanhe abaixo as principais notícias sobre esse dia de manifestações. As publicações estão em ordem cronológica decrescente, das mais recentes às mais antigas:

10h00: Em Brasília, há cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Manifestantes se concentram em frente ao Museu Nacional.

10h49: Enquanto um dos advogados da Lava Jato Carlos Alberto Toron fazia compras em uma padaria na Vila Nova Conceição - de havaianas, calça de moletom e camiseta vermelha -, nem sinal de manifestação programada para as 14h na Avenida Paulista. Cenário bem diferente das manifestações de 15 de março, relata a repórter Thais Lazzeri.
 

Thais Lazzeri Manifestacao Paulista 1 (Foto: Thais Lazzeri)

11h06: Na Avenida Paulista, há mais policiais do que manifestantes, segundo relato da repórter Thais Lazzeri. Os protestos estão marcados para a tarde deste domingo. Há faixas espalhadas pelas ruas. Ambulantes também já começam a chegar. 
 

Faixas de protesto cobrem o asfalto da Avenida Paulista. Em São Paulo, nenhum grupo marcou protesto para o período da manhã (Foto: Thais Lazzeri)

11h16: O ato organizado pelas redes sociais transcorre em clima pacífico em Brasília, com muito pais acompanhados dos filhos. A Polícia Militar montou uma série de bloqueios em meio à Esplanada dos Ministério para fazer a revistas nas pessoas que chegam ao local com mochilas ou pochetes. Ao todo, 3 mil militares foram mobilizados para acompanhar as manifestações. Já são 7 mil manifestantes, de acordo com a polícia. 

11h18: Carro de som de grupos que pedem intervenção militar foi o primeiro a chegar na Avenida Paulista. Chegou ao som do Hino Nacional, afirmam as repórteres Thais Lazzari e Harumi Visconti.

11h30: Manifestantes fazem "selfie" diante de bonecos de Lula e Dilma atrás das grades na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O local era um dos mais disputados para fotos, relata o repórter Filipe Coutinho.
 

Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Manifestantes fazem selfie diante de bonecos de Lula e Dilma atrás das grades (Foto: Filipe Coutinho)
Família Milessis, no metrô do Rio de Janeiro, a caminho de uma manifestação (Foto: Cristiane Grillo)

11h36: No metrô carioca, camisas amarelas colorem os vagões como se fosse dia de jogo da Seleção Brasileira. As famílias Milessis e Alaripe vieram juntas. "Só faltou trazer o gato e o cachorro", disse Alexandre Milessis, de 49 anos. Ele participa pela segunda vez do protesto contra a presidente Dilma e é a favor do impeachment. Até o patriarca da família, Fernando Freitas, de 80 anos, veio para a manifestação. "Ele queria vir com a camisa do seu país, Portugal. Não deixamos porque é vermelha, né?", contou rindo a filha Margarete Milessis, de 44 anos. (Cristina Grillo)
 

11h47: Personagens não faltam nas manifestações. Fantasiado de presidente Dilma, Vivaldo Alves viajou do Paraná a São Paulo para protestar na Avenida Paulista. "É pra ela me achar depois", brincou o manifestante, que carregava uma placa "Tô Fora", segundo relato do repórter Bruno Calixto.
 

Fantasiado de presidente Dilma, o manifestante Vivaldo Alves viajou do Paraná a São Paulo para protestar, na Avenida Paulista (Foto: Bruno Calixto)

11h44: Em Brasília, o bloco dos manifestantes que defendem a intervenção militar está afiado: "Onde está a Rosimary do Lula?", diz um manifestante, em referência a ex-assessora íntima do presidente, que fazia lobby para empresas. "O ministro da Justiça deve uma satisfação".
A alguns defendem intervenção militar, com frases como "Impeachment é o cacete. Político está mamando no poder. Se você apoia esses políticos, deve estar mamando numa teta lá também. Intervenção já!" ou "Quando um bandido invade a sua casa, você o expulsa com caneta ou arma? Por isso, precisamos dos militares." (Thiago Bronzato)
 

Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, manifestantes pedem intervenção militar (Foto: Thiago Bronzatto)
Cartazes de protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Thiago Bronzatto)

12h10: E a Avenida Paulista começa a ser fechada. Grupo de motociclistas passa buzinando e com faixas de "Fora Dilma". Foram organizados por motoclubes e, segundo eles, somam mais de 1 mil participantes. (Thais Lazzeri, Rafael Ciscati e Bruno Calixto)

Motociclistas bloqueiam o trânsito na Avenida Paulista (Foto: Bruno Calixto)
Fernando Katori (terceiro da esquerda para a direita), motociclistas, na Avenida Paulista. Ele diz que cerca de 1500 motoqueiros aderiram ao movimento pela saída da presidente Dilma (Foto: Bruno Calixto)

12h27: No Rio de Janeiro, os principais grupos responsáveis por organizar os protestos deste domingo se dividiram. O Vem Pra Rua marcou concentração no posto 5 em Copacabana às 11h.  Já o ato convocado pelo Movimento Brasil Livre foi marcado para 14h, com concentração praticamente no mesmo local. Leia a reportagem aqui.

 

Manifestantes em Copacabana neste domingo, 12 de abril (Foto:  Domingos Peixoto / agência o Globo)
Banca de jornal na Avenida Paulista, com estoque de garrafas de água e apitos. O kit protesto custa R$ 5 (Foto: Thaís Lazzeri)

12h36: Em uma banca da Avenida Paulista, estoque de garrafas de água para a manifestação deste domingo e apitos. O kit protesto custa R$ 5. 


 



 

12h48: No Rio de Janeiro, um homem que defendia o governo com um megafone foi cercado e ameaçado de agressão pelos manifestantes na Avenida Atlântica. Houve princípio de tumulto. Os policiais militares o colocaram na viatura e o retiraram do local, segundo a editora Isabel Clemente. Ele não foi detido, apenas retirado do meio da multidão. 

13h09: Vendedor de material da Copa do Mundo, Fábio Caseiro de Oliveira, 45 anos, foi de São João do Meriti, no Rio, para Copacabana. Quer lucrar, diz ele, como aconteceu no protesto de 15 de março. Já o turista chinês Chao Chen, de 37 anos, de Xangai, ficou surpreso com a manifestação. "É todo domingo", perguntou ele.
 

Chao Chen, turista chinês, surpreso com a manifestação em Copacabana: "Tem todo domingo?" (Foto: Cristina Grillo)

13h18: Aumenta a quantidade de manifestantes em São Paulo. Há reforço no policiamento. Avenida Paulista está bloqueada no sentido Consolação. O advogado Vinicíus Cardoso, de 27 anos, foi um dos que vestiu verde e amarelo e foi para a rua: "Não concordo com a intervenção militar, quero liberalismo". O movimento Vem pra Rua começa a se organizar. Pouco antes do horário marcado para a manifestação, 14h, o carro de som toca "We will rock you" (assista ao vídeo abaixo).(Aline Imércio e Thais Lazzeri)
 

Movimento Vem Pra Rua pede doações em dinheiro aos manifestantes da Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Thaís Lazzeri)

13h25:  Em Brasília, manifestantes começaram a se dispersar. Segundo a Polícia Militar, havia 25 mil pessoas no local por volta das 12h30. A organização estimava 40 mil. A quantidade é menor do que a do ato de 15 de março, quando a PM calculou 45 mil, e o Movimento Vem Pra Rua contabilizava 80 mil.

13h29: Na Avenida Paulista, um dos carros de som toca ininterruptamente uma das músicas mais emblemáticas da esquerda: Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré. Só que a letra foi adaptada. Diz assim: "Dilma, vá embora que o Brasil não quer você. E leve junto os vagabundos do PT". O carro é do Partido Solidariedade, do Paulinho da Força. (Bruno Calixto)
 

Carro de som do Partido Solidariedade toca Para não dizer que não falei das flores, hino contra o regime militar, de Geraldo Vandré. Mas com letra diferente: "Dilma vá embora, que o Brasil não quer você/E leve o Lula embora, vagabundos do PT" (Foto: Rafael Ciscatti)
Anderson Felipe, de 30 anos, autointitulado "Gordoboy do Brasil", na Avenida Paulista. Vendedor de refrigerantes, água e bebidas alcoólicas, diz que faturou R$ 3 mil na manifestação de março (Foto: Harumi Visconti)

13h42: Anderson Felipe, de 30 anos, autointitulado "Gordoboy do Brasil", voltou para a Avenida Paulista neste domingo. Vendedor de refrigerantes, água e bebidas alcoólicas, diz que faturou R$ 3 mil na manifestação de março. (Harumi Visconti)


 



 

13h49: O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) está no protesto na Avenida Paulista. Muitas pessoas o cercam para tirar fotos com ele. "Estou aqui pra salvar o Brasil", disse Bolsonaro. Entre coros de "Bolsomito", afirmou: "Estou aqui como cidadão. Estou aqui porque sou brasileiro, sou paulista e luto pela minha liberdade". (Harumi Visconti e Thais Lazzeri)
 

Jair Bolsonaro (PP-SP), deputado simpático ao regime militar, tira fotos com manifestantes na Avenida Paulista (Foto: Thaís Lazzeri)
Jair Bolsonaro (PP-SP), deputado tira fotos com manifestantes na Avenida Paulista (Foto: Thaís Lazzeri)


 

13h56: Muitos carros de som vazios neste momento na Avenida Paulista, relata a repórter Harumi Visconti. Na foto abaixo, a esquina da Paulista com a Brigadeiro Luís Antônio. Ela estava vazia minutos antes das 14h, horário marcado para o início da manifestação.
 

A esquina da Avenida Paulista com a Brigadeiro Luís Antônio está vazia minutos antes do horário marcado para a manifestação (Foto: Thais Lazzeri/ÉPOCA)

14:09: Manifestantes começam a se dispersar no Rio de Janeiro. Houve convocação para outro ato a partir das 14h, pelo Movimento Brasil Livre,  que defende a intervenção militar, mas ainda não há sinal deles. (Cristina Grillo)

14h10: Quem chamou a atenção na manifestação do Rio de Janeiro foi o comediante Marcelo Madureira. Ele recebeu vários pedidos de "selfie" ao descer do carro do movimento Vem pra Rua. (Lívia Cunto Salles)
 

Ex-casseta Marcelo Madureira recebe pedido de selfies ao descer do carro do Vem Pra Rua no Rio de Janeiro (Foto: LÍVIA CUNTO SALLES)

14h21: O grupo de surdos veio de Várzea Grande Paulista, na Grande São Paulo, para o protesto na Paulista. Graciana Saturnino da Silva, 28 anos, encabeça o grupo. No vídeo abaixo, eles afirmaram à reportagem que estão discutindo corrupção. (Bruno Ferrari)

14h32: Kim Kataguiri discursou há pouco no caminhão do MBL. "A Dilma só dialoga com militante da CUT, com militante comunista. E mesmo se quisesse dialogar, a gente não quer. Porque a gente não dialoga com terrorista! Mês passado a gente mandou uma caixa de bananas pro diretório do PSDB. Porque isso que eles do PSDB são, bananas! Chega de oposição frouxa!" (Thais Lazzeri)
 

Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), discursa no carro de som na Paulista (Foto: Thais Lazzeri/ÉPOCA)

14h40: Na foto abaixo, a tabela de doações do Vem Pra Rua. (Júlia Korte e Aline Imércio)
 

Em caminhão, a tabela de doações para o Vem Pra Rua (Foto: Aline Imércio/ÉPOCA)

14h41: No caminhão do Movimento Brasil Livre, muitas críticas também ao PSDB. Renan Santos, líder do MBL, disse: Não saíamos às ruas ára daqui a quatro anos votarmos no Aécio Neves. Acorda, PSDB, seus filhos da p..."
 

Renan Santos, do Movimento Brasil Livre: "O Eduardo Cunha acha que é o Underwood brasileiro", diz, em referência ao congressista ambicioso da série House of Cards. "Nos vamos te pegar na saída!" (Foto: Bruno Ferrari)

14h45: No caminhão do MBL, está presente o Pastor Everaldo, que foi candidato à Presidência da República no ano passado pelo PSC. Ele subiu no palanque, cumprimentou os integrantes do movimento, mas foi impedido de discursar. Leia mais aqui.
 

Pastor Everaldo, que no ano passado foi candidato a Presidente da República pelo PSC, no caminhão do Movimento Brasil Livre (Foto: Bruno F)

15h01: Na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, integrantes do Partido Militar Brasileiro coletam assinaturas para a abertura de uma CPI do BNDES. "Queremos abrir a caixa-preta", afirma Luis Carlos Rominger de Gouveia, presidente do diretório do PMB em São Paulo. "Se o Brasil emprestou dinheiro para Cuba no primeiro mandato da presidente Dilma, queremos saber quanto e como foi". Os líderes do PMB aproveitam o vaivém de manifestantes para conseguir assinaturas para a homologação do partido no Tribunal Superior Eleitoral – segundo Gouveia, eles têm cerca de 400 mil das 500 mil necessárias para a criação da sigla.

A ideia do partido, entre outras reivindicações, é "retomar a ordem social" e alcançar "as conquistas da época em que os militares estavam no poder". "Nós não tivemos ditadura militar. Tivemos um projeto de governo militar que nos deixou um grande legado", diz. Se homologado ainda este ano, o partido já deve concorrer nas eleições municipais do próximo ano. E com candidatos próprios, uma vez que o estatuto do PMB não permite coligações. "Vamos nos coligar com quem, se o Brasil só tem partidos de esquerda? Ou você pensa que o PSDB, partido social, é de direita?", afirma. (Aline Ribeiro)
 

Na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, integrantes do Partido Militar Brasileiro coletam assinaturas para a abertura de uma CPI do BNDES (Foto: Aline Ribeiro/ÉPOCA)

15h15: Na Avenida Paulista, pessoas distribuem papéis e canetas para que os manifestantes possam criar seus próprios cartazes. (Nathalia Bianco)
 

Atrás do carro de som do Movimento Quero Me Defender, papéis e canetas para quem quiser escrever um cartaz (Foto: Nathalia Bianco)

15h27: O senador Ronaldo Caiado (DEM-Goiás) virou o rei do selfie na Avenida Paulista. "Graças a Deus", diz ele. "Foi assim também na primeira manifestação". Ele afirma ser a favor do impeachment da presidente Dilma. "Não temos mais condições de governabilidade. Precisamos antecipar as eleições". (Aline Ribeiro e Nathalia Bianco)
 

Ronaldo Caiado, senador (DEM-GO), tira fotos com manifestantes (Foto: Nathalia Bianco)

15h29: No Rio, Denise Aparecida de Almeida, pró-governo, foi cercada e disse que só não foi agredida porque conseguiu desviar o rosto.


 

16h02: Em coro, multidão grita "A nossa bandeira, jamais será vermelha" na Avenida Paulista.

Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, discursa em caminhão de som na avenida Paulista (Foto: Harumi Visconti/Época)

16h13: Rogerio Chequer, do Vem Pra Rua, conta com exclusividade que o movimento levará demandas da rua para o Legislativo. Eles entregarão, nesta semana, pedidos que "estão nas ruas, mas recebem o encaminhamento devido", diz Chequer. As demandas são sobre impecheament, investigação independente da Petrobras, que estão parando no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Não cabe a ele definir o que os brasileiros querem. Acho que ele está começando a olhar as demandas populares, mas está muito aquém do que a sociedade está pedindo, em alto e bom som, pelo país inteiro." (Thais Lazzeri e Harumi Visconti)
 

Algumas pessoas já começam a ir embora da Avenida Paulista (Foto: Júlia Korte/ÉPOCA)

16h16: Alguns manifestantes já estão indo embora da região da Avenida Paulista.

 


 

16h24: Para Lorraine Alves, uma das coordenadoras do MBL Rio, a divisão dos horários enfraqueceu o protesto. "As pessoas sentiram a desunião". Ela acredita, no entanto, que o movimento conseguiu chamar a atenção da população mais uma vez. "Nosso principal objetivo era esse". (Cristina Grillo)

16h25: Entorno da estação Trianon do Metrô, na Avenida Paulista, está lotada, segundo relata a repórter Harumi Visconti. 
 

Entorno da estação Trianon do Metrô, na Avenida Paulista, lotada após às 16h (Foto: Harumi Visconti)

16h26:  Na Avenida Paulista, manifestantes levam uma faixa gigante apoiando o impeachment da presidente Dilma (assista ao vídeo).
 

16h40: Na mansão Joaquim Franco de Mello, uma das poucas ainda de pé na Avenida Paulista, um grupo de amigos organizou uma festa para assistir à manifestação. "Tem um monte de artista e deputado aqui", afirma o advogado Carlos Franco de Mello, bisneto do dono da propriedade. "Mas é uma festa particular, vocês não podem entrar". Entre os famosos, diz, está o comediante Fábio Porchat. (Nathalia Bianco e Aline Ribeiro)
 

A festa particular na mansão Joaquim Franco de Mello, uma das poucas ainda de pé na Avenida Paulista (Foto: Nathalia Bianco/ÉPOCA)

17h01: Protesto em São Paulo começa a diminuir. Manifestantes estão deixando a Paulista, segundo relata a repórter Júlia Korte. Carros de som também já estão sendo desmontados, conforme mostra a foto enviada pela repórter Thais Lazzeri. Até o momento a Polícia Militar não divulgou uma estimativa do número de participantes do protesto.
 

Carros de som começam a ser desmontados na Avenida Paulista. Manifestantes estão deixando o local (Foto: Thais Lazzeri/ÉPOCA)
O dentista Helio Oriani, de 57 anos, levou sua cachorra Lili a Avenida Paulista, para protestar contra o PT. "Queremos que esta incompetente saia do governo", diz (Foto: Nathalia Bianco, com Aline Ribeiro)

17h20:  O dentista Helio Oriani, de 57 anos, levou sua cachorra Lili para protestar contra o PT na Avenida Paulista. "Queremos que esta incompetente saia do governo", disse ele. (Nathalia Bianco e Aline Ribeiro)

17h33: Dom Bertrand de Orleans e Bragança, descendente da família real brasileira, foi para a manifestação do Rio de Janeiro à tarde. Chegou atrasado e o protesto já tinha acabado. À editora de ÉPOCA Isabel Clemente, ele falou que brasileiros não querem um país bolivariano nem "soviético". Afirmou também que família é formada por homem e mulher. Assista ao vídeo abaixo:
 

17h58: Estimativa da Polícia Militar afirma que, às 16h, havia 275 mil manifestantes na Avenida Paulista. Os organizadores ainda não divulgaram o número de participantes, segundo o G1. Na foto abaixo, a comparação entre a estação Consolação do metrô no dia 15 de março e neste domingo mostra como houve menos participantes desta vez. No dia 15 de março, a PM estimou público de 1 milhão de pessoas em São Paulo. 
 

A estação Consolação do metrô, na Avenida Paulista, no dia 15 de março (à esq.) e neste domingo, 12 de abril, em fotos feitas no mesmo horário (Foto: Thais Lazzeri/ÉPOCA)

18h33: Rubens Nunes Filho, advogado líder do MBL, fala sobre a manifestação de hoje e sobre a marcha para Brasília. (Bruno Ferrari)

19h19: Por mais que o quadro clínico deste segundo mandato de Dilma Rousseff permaneça gravíssimo, o número de manifestantes que protestaram neste domingo contra o governo ficou abaixo do registrado em 15 de março. Convém lembrar, porém, que manifestações de rua são algo pouco usual na história recente brasileira. Leia a análise do editor Alberto Bombig, noTeatro da Política.

19h23: Segundo o Datafolha, 100 mil pessoas protestaram na Paulista neste domingo. O número indica a quantidade de pessoas diferentes que, em algum momento do dia, foram à manifestação. No horário de pico, às 16h, o instituto estima que havia 92 mil pessoas na Paulista. Estimativa da PM é de que havia 275 mil pessoas no mesmo horário.

19h30: A segunda rodada de manifestações mostra que o governo ficará muito tempo à mercê do oportunismo no Congresso. Leia a análise do editor Leandro Loyola.

20h24: No sábado (11), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o de Cuba, Raúl Castro, se cumprimentaram na Cúpula das Américas, no Panamá. "A Guerra Fria acabou", disse Obama. A mensagem do presidente americano, aparentemente, não foi ouvida por manifestantes que protestaram contra o governo da presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (12). O discurso polarizado da Guerra Fria - capitalistas contra comunistas - se sobressaiu na manifestação. Leia a reportagem.
 

Manifestante segura cartaz durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Nelson Antoine/AP)

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