“O gol era uma questão de tempo”. Esta foi a análise do técnico Argel
Fucks depois da vitória sobre a Chapecoense por 1 a 0, na tarde deste
domingo, no Orlando Scarpelli. Tranquilo e satisfeito com o resultado, o
treinador elogiou a atuação e, acima de tudo, o resultado positivo que
faz com que o clube dê um passo importante na briga contra o
rebaixamento. (Veja os melhores momentos no vídeo ao lado)
O equilíbrio do “clássico”, como define Argel o
duelo entre Figueirense e Chapecoense, foi ressaltado pelo treinador
alvinegro que compreendeu o jogo da equipe adversária “por uma bola”.
Assim, a dificuldade de encarar a forte marcação e ter encontrado o gol
da vitória com Marcão, foram pontos ressaltados pelo técnico.
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Fizemos um bom jogo, se não tivéssemos feito um bom jogo ou mexido
certo, não teríamos ganho. Um jogo truncado, a Chapecoense é uma equipe
que se defende muito bem e jogou por uma bola, e teve essa bola. Quando
você propõe o jogo, você se expõe. Não adianta jogar pelo empate, time
que joga pelo empate perde. O adversário nos esperou, se fechou muito
bem. Eu tinha certeza que a gente iria vencer esse jogo. O gol era uma
questão de tempo. Foi premiado o time que buscou mais, que foi ofensivo
e fomos premiados por essa vitória – salientou Argel.
Com o
resultado, o Figueirense chega aos 39 pontos e sobe uma colocação na
tabela, agora é o 13º colocado e, além disso, abre cinco pontos do Z-4
do Brasileiro. Na próxima rodada, o time encara o Atlético-MG, em Minas
Gerais.
Primeiro tempo difícil
Nossos
meias não conseguiram jogar. Nossa defesa estava bem posicionada, o
Marco Antonio bem posicionado, o Dener fez uma partida espetacular, em
um clássico difícil e com um calor fora do normal. Faltou um pouco de
qualidade dos nossos meias, no primeiro tempo, faltou a gente criar um
pouco mais.
Entrada de Felipe e Pablo
Depois
do intervalo a gente foi mais solto, com a entrada do Felipe, não é a
primeira vez que a gente faz isso, contra o Inter fizemos isso. Para ele
(Felipe) organizar o time, e com a entrada dele a gente conseguiu
chegar. Faltava um companheiro ao lado, com a entrada do Pabo, aí sim a
gente começou a girar o nosso time. O Pablo de um acréscimo no meio de
campo, de confundir a marcação e aí conseguimos jogar e saiu o gol.
Alívio depois da vitória?
Quando
a gente ganha um clássico importante como esse, você não comemora
muito. A gente trabalha aqui com a razão e não com o coração. A gente
agradece o torcedor que veio. Eu não tinha dúvida alguma que a gente
iria ganhar o jogo. Ter desfalques não é desculpa, não é lamentação, eu
confio em todos os jogadores que estão aqui. O Figueirense vale pelo seu
todo. O Figueirense é forte e estamos provando em todo o Campeonato. A
gente que está no dia a dia do clube, a gente está acostumado. Eu vivo
do futebol há 25 anos. Quanto o jogo é mais difícil, melhor eu me sinto.
Quando é clássico, quando é jogo como time grande, <b></b>a gente sabe. É preciso pé no chão.
Elogios ao grupo de jogadores
Uma
vez soldado, sempre soldado. A gente têm um time de soldados. Eles dão
uma aula disso. Há uma amizade muito grande. Não quebramos o quadro no
vestiário, não é assim que se trabalha o futebol, quando chegamos aqui
nós agregamos todo mundo e demos oportunidade. Demos ambiente no dia a
dia dos jogadores. Trouxemos um único jogador, importante, que está nos
ajudando, como qualquer outro (Marcão). O que me deixa satisfeito, é que
a dificuldade de jogar contra a Chapecoense, é imensa, ela é muito
forte. Isso valoriza o profissional, os jogadores são merecedores dessa
vitória. Posso dizer que sou um homem de clássico. Foram duas vitórias e
um empate em três clássicos desde que cheguei aqui. O melhor
aproveitamento entre os times catarinenses. Agora a palavra ideal para
definir esse grupo é uma vez soldado, sempre soldado.