Caminhoneiros fizeram paralisação em frente à SalCisne (Foto: Reprodução/Inter TV)
Caminhoneiros e diretores da Sal Cisne, fábrica de sal de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, chegaram a um acordo nesta quarta-feira (3) sobre o valor do frete do produto. Os caminhoneiros começaram a protestar no dia 24 de fevereiro, junto com a paralisação nacional da categoria. Com a nova rodada de negociações ficou estabelecido um aumento de 15% no frete para depósitos e de 17% no transporte para indústrias.
Segundo o caminhoneiro Edinei Dias, que é um dos representantes do movimento, a reunião mostrou à diretoria da Sal Cisne a necessidade de aumento nos valores.
"A diretoria entendeu o nosso posicionamento. Gostaríamos de agradecer aos diretores pela oportunidade de mostrar a realidade. Os valores que estavam sendo pagos não eram suficientes. Com isso estamos corrigindo esse problema", avaliou.
Ainda de acordo com ele, o número de caminhoneiros que presta serviço para a Sal Cisne varia entre 80 e 100. Eles são intermediados por uma transportadora, mas não são representados por nenhuma entidade de classe específica. Por isso a negociação ficou a cargo dos próprios fretistas diretamente com a refinaria, sem a participação da transportadora.
Com os aumentos, o transporte de sal em uma carreta de 12,5 toneladas para indústrias, por exemplo, que antes custava R$ 800, passa para R$ 936, acrescido do valor pertinente à transportadora, que varia entre 20% e 25%. Além do aumento no frete, os caminhoneiros passarão a receber também o Vale Pedágio, que vai variar entre R$ 180 e R$ 125, dependendo da distância percorrida.