CINCINNATI, Ohio - “Me chame para casa” foi a última frase que Joe Auer sussurrou no ouvido de sua mulher Helen, quando ela morreu na última quarta-feira sentada em uma cadeira. Como seus filhos esperavam, ele não sobreviveu duas noites sem sua esposa. Após a história de amor do casal ter perdurado por sete décadas e permanecido forte durante a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial e após dez crianças, Joe também se despediu de seus filhos com apenas 28 horas de diferença.
- Eles eram pessoas simples e humildes. Eles não queriam nada e tiveram tudo em troca - disse o caçula, Jerry Auer, ao jornal “Cincinnati Enquirer”.
O casal se casou em 1941, quando a guerra era travada na Europa e ameaçava complicar os EUA na luta contra os alemães. Eles tiveram seu primeiro filho e Helen estava grávida de seu segundo quando Joe foi chamado para lutar.
Joe sobreviveu aos horrores do Dia D e lutou para chegar até a Europa. Quando estava na França, recebeu uma carta de sua esposa. No seu interior, uma fotografia dela com seus dois filhos pequenos traria ao Joe não só a alegria de ver a família unida e bem, como o primeiro vislumbre de seu segundo filho. A foto, que foi imediatamente guardada com segurança na sua carteira, lá permanece até hoje.
- Ela nunca saiu da sua carteira - afirmou Jerry. - Ela ainda está lá agora.
Como qualquer casal, eles sofreram dificuldades ao longo dos anos, segundo o filho mais novo. O dinheiro era apertado e a criação de 10 crianças foi estressante às vezes. Mas, apesar de tudo, o casamento deles prosperou e sua família cresceu. Joe e Helen deixam nove filhos - o mais velho tem 72 anos de idade - 16 netos e 29 bisnetos. Aos jovens apaixonados, eis um casal para servir de inspiração, como Jerry assegurou, orgulhoso.