Morreu na tarde desta terça-feira (8) o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, aos 83 anos. O promotor público aposentado completaria 84 anos no próximo dia 26.
O ex-deputado estava internado desde maio no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar um câncer ósseo. Ele foi vítima de uma broncopneumonia que provocou a falência de múltiplos órgãos.
Auto declarado socialista há 60 anos, Plínio foi um dos os 41 parlamentares cassados pelo Golpe Militar em 1964. À época, deputado do Partido Democrata Cristão (PDC), ele foi o relator do projeto de reforma agrária do governo João Goulart.
Exilou-se no Chile e nos EUA, onde fez mestrado em Cornell, e voltou ao Brasil em 1976. No fim do período militar, se aproximou das lideranças sindicais que fundaram o PT.
Tornou-se suplente de deputado de Eduardo Suplicy, em 1985, e foi reeleito para a Assembleia Constituinte. Chegou a disputar o governo do Estado de São Paulo em 1990 pelo partido.
Rompeu com o PT em 2005, após o esquema do Mensalão ser denunciado. No ano seguinte, ajudou a fundar o PSOL. Em 2010, aos 80 anos, lançou-se candidato pelo partido à presidência e ficou em 4º lugar, com 886 mil votos.
Neste ano, ele já havia anunciado que não concorreria a nenhum cargo público. Ele deixa a viúva Marietta Ribeiro de Azevedo, com quem viveu quase 60 anos, e seis filhos.
MR