31/01/2015 18h43 - Atualizado em 31/01/2015 23h39

Estado Islâmico divulga vídeo com
execução de jornalista japonês

Não foram divulgadas informações sobre o refém jordaniano.
Premiê japonês disse que não vai se curvar à ameaça do terrorismo.

O grupo extremista Estado Islâmico divulgou uma gravação, na internet, com a execução do jornalista japonês Kenji Goto.

Na gravação, o terrorista, que fala em inglês com sotaque britânico, afirma que o Ocidente e o governo japonês são os responsáveis pela morte do jornalista Kenji Goto.

As imagens foram divulgadas em páginas ligadas a grupos extremistas.

Nessa sexta-feira (30), venceu um prazo dado pela milícia para que uma iraquiana, condenada à morte na Jordânia por participação em atos terroristas, fosse libertada.

Em troca, o grupo prometia libertar Goto e um piloto jordaniano, capturado no ano passado. Não há informações sobre o piloto.

O governo japonês expressou indignação com esse ato de terror. O primeiro-ministro Shinzō Abe prometeu que não haverá perdão para os terroristas e que vai lutar para que eles sejam levados à justiça. O premiê japonês disse ainda que não vai se curvar à ameaça do terrorismo. Ele agradeceu a todos que tentaram salvar a vida de Kenji.

O jornalista era muito conhecido no Japão por fazer reportagens em regiões de conflito para vários canais de televisão do país. Kenji Goto dizia que se sentia protegido contra a violência no Oriente Médio por ser japonês, já que o país não participa dos ataques da coalizão de países contra as bases do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. 

O presidente dos Estados Unidos expressou solidariedade ao Japão e à família de Kenji Goto. Barack Obama chamou a execução de "hedionda" e lembrou que, com coragem, o jornalista procurou mostrar o sofrimento do povo sírio. Obama elogiou o comprometimento do Japão na tentativa de promover a paz e a prosperidade no Oriente Médio. O presidente dos Estados Unidos garantiu ainda que a coalizão internacional vai continuar tomando ações decisivas para degradar e destruir o Estado Islâmico.

Em uma nota, o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse que está trabalhando para confirmar a autenticidade do vídeo, mas enfatizou que os Estados Unidos condenam as ações do Estado Islâmico e pediu a libertação de todos os reféns do do grupo terrorista.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou o assassinato e chamou a ação de "desprezível".

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