O técnico Dorival Júnior não se opõe ao retorno de Leandro Damião ao Santos, mas o atacante não deve ser reintegrado ao elenco após deixar o Real Betis, da Espanha.
Dorival trabalhou com Damião no Internacional, entre 2011 e 2012, quando o jogador foi convocado para a seleção brasileira. O treinador acredita que o jogador ainda pode retomar a boa fase vivida em Porto Alegre.
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A diretoria santista, porém, teme a reação negativa da torcida caso o atleta seja reintegrado ao elenco. Por ter entrado na Justiça contra o Peixe e não ter feito bons jogos em 2014, o atacante não seria bem recebido. Além disso, os dirigentes não querem arcar com os altos salários, de mais de R$ 500 mil, valor superior ao teto estipulado, de R$ 200 mil.
Outro fator analisado pelo Alvinegro é a relação de Damião com o elenco. Parte dos jogadores não se dá bem com ele, e foi contra a postura do jogador quando entrou em litígio com o clube por conta de vencimentos atrasados.
A tendência, então, é de que o camisa 9 seja novamente emprestado ou utilizado como moeda de troca em negociações, mesmo que Dorival Júnior não veja com maus olhos o retorno do centroavante.
Depois de deixar o Real Betis, da Espanha, Leandro Damião volta a ter vínculo com o Santos, válido até dezembro de 2018. Um acordo no Tribunal Superior do Trabalho, assinado em janeiro, autorizou o jogador a assinar com qualquer outro clube por um prazo de 18 meses, e ele ficou apenas seis meses no time espanhol.
Leandro Damião foi contratado pelo Santos junto ao Internacional por R$ 45 milhões no fim de 2013, com o aporte do fundo de investimentos Doyen Sports. No acordo celebrado neste ano, o Peixe aceitou pagar R$ 4,5 milhões ao jogador em 40 parcelas. O valor equivale a salários, direitos de imagem e bonificações não pagos no período em que vestiu a camisa santista. Enquanto isso, a Doyen, cobra pouco mais de R$ 74 milhões na Justiça por suposta quebra de contrato.
*Colaborou sob supervisão de Mateus Benato